"Então, Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão a Galiléia e lá me verão." (Mateus 28.10)
Os resultados do ministério de Cristo se dividem em duas partes. Na primeira, não sei se é adequado chamar de resultados. Pelo menos não são tão efusivos. Mas os resultados estão registrados ao longo dos quatro evangelhos.
Os resultados do ministério de Cristo se dividem em duas partes. Na primeira, não sei se é adequado chamar de resultados. Pelo menos não são tão efusivos. Mas os resultados estão registrados ao longo dos quatro evangelhos.
No seu nascimento, sentença de
morte. Na sua família, preocupação de trancá-lo. Na sua cidade, vontade de
apedrejá-lo. Na sua jornada, dezenas de discípulos. Na sua sentença, nenhum
discípulo. Na Jerusalém Santa, uma multidão o recebeu com ramos gritando Hosana
nas Alturas, bendito aquele que vem em nome do Senhor. Na mesma Jerusalém
Santa, a mesma multidão o condenou gritando liberte Barrabás e crucifica o
nazareno.
São resultados que não nos deixam
tão otimistas e empolgados. Vivemos para ter resultados. Não vivemos para
ganharmos algo em troca de nossas ações, mas esperamos resultados em nossas
vidas daquilo que realizamos. Mas, as vezes, os resultados não são muito
otimistas.
O resultado do ministério inicial de Jesus contrasta com o resultado ao longo de dois milênios. Olhando para esses resultados, espera-se que esse movimento que começou sem grandes alardes, logo termine de forma discreta. Mas não foi isso que aconteceu.
O movimento tão perseguido,
resultou num movimento que não parou de crescer.
Como explicar esse
crescimento que não para de crescer? Jesus nem chegou a escrever um livro, não
administrou um escritório. Não fez nenhuma viajem mais distante do que 400 km
de onde nasceu ( nem metade da distância entre Brasília e São Paulo). Os amigos
o abandonaram, o de mais confiança o traiu por trinta moedas, o futuro líder do
grupo o negou. Os que foram ajudados o esqueceu. Foi abandonado antes de sua
morte. Mas após sua morte, eles não o suportaram. Morreram por Ele. O que
aconteceu? O que mudou?
Morte e ressurreição, a resposta.
Na morte, nossos pecados também morreram. E quando Ele ressuscitou, nossa
esperança também ressuscitou.
Quando Jesus diz às mulheres na
manhã da ressurreição “não temas, ide dizer a meus irmãos que vão à Galiléia e
lá me verão”.
O trecho “meus irmãos” me consola
muito. Não simplesmente meus discípulos servos, seguidores, mas, “meus irmãos”.
Essa pequena frase do nosso
Mestre, me traz duas poderosas consolações:
1.
De unigênito a primogênito
Deixa de ser apenas o unigênito
do Pai, gerado em Maria, e passa a ser o Primogênito de muitos irmãos, gerado na
sepultura que não o suporta mais. O unigênito, o único, passa a ser o primogênito,
o primeiro.
Primeiro de vários outros irmãos
e filhos do Deus vivo. Entre nesta fila, segundo ou ducentésimo, não importa.
Importa é que tem um primeiro, que é Cristo.
2.
Da condenação à Graça
Três dias antes, os discípulos o
abandonou. Foram covardes e infiéis. Não guardaram a profecia da ressurreição.
Agora pense, o mestre ressuscita e chama cada um para um encontro. Imagina o
medo dos discípulos. Mas Cristo apresenta a Graça.
Não mereciam, mas Cristo convida
os “meus irmãos” para um encontro. Cristo usa um termo carinhoso e consolador,
vindo da sua Graça. Os discípulos deveriam saber com esse apelo, que o Mestre
não os convidavam para um acerto de contas. Mas para um encontro, pois estariam
perdoados e todo o passado esquecido.
Cristo ainda chama os não
merecidos para encontros.
Encontros para a vida inteira.
Para a vida eterna.
Para glória daquele que nos convida para um encontro eterno,
Bp Erisvaldo Pinheiro (ministrado em 02/03/2013)
Fontes de apoio: Bíblia Revelada Novo Testamento Explicado.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Max Lucado: Ele escolheu os cravos.