“Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre
Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse:
Até aqui nos ajudou o Senhor.” (1 Samuel 7.12)
Na antiga
aliança, as batalhas marcam o relato bíblico. Sob a luz no novo testamento,
também travamos severas batalhas. Não mais contra filisteus, agora a nossa luta
é contra os principados e potestades, mundo e pecado, e contra nós mesmos. Do
terceiro ao sétimo capítulo do primeiro livro do profeta, juiz e sacerdote
Samuel, está registrado uma batalha que nos encoraja muito nas nossas lutas
travadas de hoje. Esperança, arrependimento e ajuda do Senhor marcaram essa
batalha épica, e pode marcar sua batalha também.
- · Esperança sucedida pela frustração.
Israel vai perdendo a batalha para os filisteus. Então, a Arca do Senhor é trazida para a batalha.O povo de Deus enche o coração de esperança. Jubilam tanto que a terra estremece e os inimigos são tomados de medo.
Tudo
aponta para um final feliz. A hora da virada, a presença da Arca mudando o rumo
da batalha e o povo de Deus vencendo... Mas nada disso acontece. Os filisteus
vencem e Israel contabiliza 30 mil percas, os sacerdotes morrem, e a Arca , símbolo
da presença e proteção divina, é roubada e levada para as terras inimigas. Eli
recebe esse terrível relatório e cai da cadeira tendo o pescoço quebrado, sua
nora grávida mediante tanta notícia ruim entra em trabalho de parto e não sai
mais dele. Um dia para esquecer.
Triste
coisa é imaginar a Arca chegando, o coração dos descendentes de Abraão se
enchendo de esperança e ocorrer essa derrota toda. Triste coisa é enchermos o
coração de esperança e vermos resultados inesperados, trágicos e tristes.
- · Esperança na mão de Deus
Mas a Arca na
terra inimiga começa de novo aquela batalha. A Arca, e só ela, começa causar
aflições nos inimigos. É como se Deus quisesse batalhar sozinho aquela batalha.
E Deus, representado na Arca, sozinho vai vencendo o forte povo filisteu.
“A mão do
Senhor veio contra aquela cidade, com muito grande vexação”. Aquilo que 30 mil homens israelitas não conseguiram,
Deus com uma única mão o fez. O que você não tem conseguido, coloque na mão
desse Deus.
Os filisteus
roubaram a Arca do Senhor, isso foi uma afronta muito grande. Mas os mesmos que
afrontaram, tiveram que restituir a Arca, e ainda com presentes. Deus é
justiça. O preço desse ato profano dos filisteus foi uma perca de 50.070
homens, fora as doenças nas cidades inimigas.
- · A esperança precedida pelo arrependimento e sucedida pela vitória.
Samuel chama o
povo ao arrependimento, à oração, ao jejum e abrir mão dos astarotes.
Nossas batalhas
devem ser precedidas pelo arrependimento. Este mesmo que Samuel ensina, com
oração, jejum e mudança de atitudes. Abrir mão daquilo que entristece o coração
desse Deus que entra nas nossas batalhas.
Samuel ora
pelo povo, e o povo vai para a batalha novamente. Mas dessa vez, a batalha foi
favorável ao povo de Deus. Com Samuel orando, a Arca no meio da batalha, o povo
se arrependendo, então “trovejou o Senhor aquele dia com grande trovoada sobre
os filisteus.”
Foi uma
vitória tão grande, que durante a vida de Samuel houve paz entre Israel e os
filisteus. A esperança com arrependimento produz uma paz inexplicável em nossos
corações.
Essa batalha
se encerra com Samuel edificando um altar e chamando aquele lugar de Ebenézer:
Até aqui nos ajudou o Senhor.
Ao final de
cada batalha em sua vida, usando a arma do arrependimento que Samuel ensinou,
tenha a esperança que você dirá: Ebenézer, até aqui nos ajudou o Senhor!
Em nome do General de Guerra,
Bp Erisvaldo Pinheiro (ministrado em 03/03/2013)