terça-feira, 29 de agosto de 2017

Centurião de Cafarnaum: exemplo de fé e modelo de amor

Centurião de Cafarnaum: exemplo de fé e modelo de amor
E, depois de concluir todos esses discursos perante o povo, entrou em Cafarnaum.
E o servo de um certo centurião, a quem muito este muito estimava, estava doente e moribundo.
E, quando ouviu falar de Jesus, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar seu servo.
E, chegando eles junto de Jesus, rogaram-lhe muito, dizendo: É digno que lhe concedas isso.
Porque ama a nossa nação e ele mesmo nos edificou a nossa sinagoga.
E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; e, por isso, nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará.
Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: vai; e ele vai; e a outro: vem; e ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz.
E, ouvindo isso, Jesus maravilhou-se dele e, voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé.
E, voltando para casa os que foram enviados, acharam são o servo enfermo.
(Lc 7.1-10)

No relato bíblico acima, vemos a história do Centurião de Cafarnaum. O Senhor Jesus o destacou como exemplo de fé, dizendo "nem ainda em Israel tenho achado tanta fé". Vemos também, um belo modelo de amor nesta passagem, pois este centurião tinha uma sincera afeição pelo seu servo e amava Israel, enquanto que a maior parte dos romanos desprezava.

O centurião era a espinha dorsal do Império Romano, liderando uma tropa de 100 soldados. Era o primeiro degrau de liderança das tropas romanas. Havia também, o oficial da corte, que liderava 600 soldados. E, ainda, o oficial da Legião, que liderava uma tropa com 6.000 homens. Assim, numa legião romana, havia 60 centuriões. Dependendo do caráter que apresentavam, poderiam subir de cargo.

Essa passagem é registrada por Mateus e Lucas. No Evangelho de Mateus, parece que o centurião vai pessoalmente. No Evangelho de Lucas, vimos que são os anciãos que vão a pedido do centurião. Isso pode ser explicado de forma simples. Mateus aborda vários assuntos no Evangelho que escreveu, omitindo fatores secundários. Lucas é mais minucioso, abordando menos assuntos, porém, com uma riqueza de detalhes maior. Mateus emprega a regra: "o que se faz por meio de outro é considerado como se feito por si mesmo". Assim, não há contradição alguma entre os relatos.

  • Modelo de amor

O centurião enviou os anciãos para que rogassem a Jesus que fosse curar seu servo. Os anciãos fazem mais que isso. Eles intercedem muito e ainda declaram que o centurião é digno de receber sua petição. Esses anciãos tipificam a ação do Santo Espírito, que intercede por nós (Rm 8.26), pois nessa hora não sabemos pedir como convém.  Os anciãos atestaram o pedido do Centurião, declarando o amor que ele tinha. Tal ação também é feita pelo Espírito Santo, que Ele encontre esse mesmo modelo de amor em nossos corações.

O modelo de amor do centurião, selado por digno pelos anciãos, é este: 

  1. Ele amava seu servo (a quem este muito estimava)
  2. Ele amava o povo de seu servo (porque ama a nossa nação)
  3. Ele edificou o local de oração do servo (edificou a nossa sinagoga)

Repare bem, querido leitor, que este é o modelo de amor, que recebe o selo de dignidade do Santo Espírito e, ainda, que faz o Senhor Jesus se mover.

O amor pelo servo é demonstrado quando o centurião amou o povo do servo. Amar uma pessoa sem amar o povo dessa pessoa não é um modelo bíblico. Pergunte isso para qualquer mãe: "eu amo a senhora, amo muito, só não amo seus filhos". Ela não vai se sentir amada. De maneira alguma. Se ela for mãe de vários filhos e receber uma declaração de amor assim: "amo a senhora, amo seus filhos, só um que não amo", ainda assim, ela não se sentiria amada por completo. Amar de verdade uma pessoa, implica amar o povo dessa pessoa. O centurião amou o servo e também amou o povo do servo. Que o Espírito no ensine isso.

O centurião amou o servo. Amou o povo do servo. E, para completar o modelo do amor, edificou o local de oração do servo. O local de culto do servo foi beneficiado pela afeição do centurião. Amor que é demonstrado e testemunhado pelos anciãos que declararam "És digno". Querido leitor, sei que você tem causas que tens levado até a presença do Senhor Jesus. São situações, petições ou até mesmo pessoas, que você não quer perder. Assim como o centurião não queria perder o servo dele para a doença, pois o amava, também temos causas, situações ou pessoas que também não queremos perder. Uma mãe não quer perder o filho para o mundo e suas concupiscências, pois é seu filho e ela o ama. Uma esposa não quer perder seu marido, pois é seu, e o ama... Mas, repare que a petição do centurião foi atestada pelos anciãos com o selo "és digno, pois amou o servo, amou o povo do servo e edificou o local de oração do servo". Rogo ao Senhor para que nossas petições também sejam seladas com o modelo de amor do centurião de Cafarnaum. 

Logo que a petição foi selada pelos anciãos o Senhor Jesus se moveu em direção à casa do centurião. Orações seladas pelo Espírito Santo, faz mover o poder da glória do Senhor em direção à causa da petição.


  • Modelo de fé


Quando já estava próximo à casa, o centurião enviou uns amigos até Jesus. Na primeira cena, ele enviou os anciãos. Na segunda, enviou uns amigos. Os anciãos tipificam a ação do Espírito Santo. Os amigos não tipificam outra coisa a não ser a ação dos amigos mesmo. Quem tem o selo do testemunho do Espírito, tem amigos. Lembre-se que os anciãos aumentaram e melhoraram a petição do centurião, ação que o Espírito também nos faz, enquanto que os amigos relataram exatamente a fala do centurião. Amigos são assim, e devem mesmo ser assim, não acrescentam nada do que falamos. O amigo Espírito Santo é assim, melhora nossa oração com gemidos inexprimíveis. Que tenhamos a alegria de termos os dois.

O modelo de fé do centurião é destacado por Jesus quando os amigos trazem a petição. É o momento em que Jesus se maravilhou. Veja:


  1. Não sou digno
  2. Sou homem sujeito à autoridade
  3. Tenho soldados sob meu poder
  4. Basta uma palavra

Os anciãos disseram "ele é digno". Os amigos, porém, disseram "não sou digno". Os anciãos testemunharam a dignidade do centurião. Os amigos reproduziram a fala do centurião. Isso mostra a humildade que ele tinha. Não se considerava digno, embora as pessoas à sua volta o considerasse. Jesus começa a se maravilhar.

O centurião era o menor dos líderes dos oficiais romanos, como mencionamos anteriormente. Havia outros líderes acima dele. Embora líder, era sujeito aos seus superiores. Homem sujeito à autoridade. E o exemplo de fé está sendo atestado pela reação do Senhor.

Exercia sua liderança. Dizia vai, vem e faça e seus soldados atendiam. O seu modelo de liderança é o amor e fé. Líderes cheios de fé e de amor são exemplos.

E, para completar sua declaração de fé, ele disse "basta uma palavra e meu servo sarará". Oh que declaração maravilhosa mesmo. Uma única palavra do Senhor e toda a situação é mudada. O centurião exercia autoridade sobre seus soldados. Mas, somente Jesus tinha autoridade sobre aquela doença. Que possamos ser consolados com essa fé de que basta uma palavra do Senhor e toda situação mudará, porém, sem esquecermos do que ela foi acompanhada. Junto com esta belíssima declaração, o centurião também disse "não sou digno", "sou homem sujeito à autoridade" e "tenho soldados sob o meu poder". Que estejamos atentos a isso. Acreditar que basta uma palavra do Senhor e toda situação terá uma mudança. Isso deve ser acompanhado com uma atitude de humildade, pois não somos dignos, de submissão e, também, por uma boa consciência que estamos fazendo as atribuições que nos foram confiadas. Esse é o modelo de fé. 


Pense nisso...

Na linda história da petição do centurião de Cafarnaum, temos um exemplo de fé e um modelo de amor. O Senhor Jesus atestou a fé daquele oficial dizendo que nem em Israel encontrou tamanha fé. Os anciãos, que tipificaram a ação do Espírito Santo, atestaram o amor do centurião dizendo que ele era digno, pois amou o servo e o povo do servo. Rogo ao Senhor para que esse modelo de fé e de amor sejam encontrados nos dias de hoje.

Amém.


Bispo Erisvaldo Pinheiro Lima
Mensagem ministrada em Agosto de 2017
Comunidade Evangélica Arca da Aliança.

Fontes de pesquisa:

COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY. Editado por Charles P Pfeiffer e Everett F Harrison. Editora Batista Regular do Brasil

BÍBLIA REVELADA - Novo Testamento - Ômega. Traduzida, comentada e editada por Aldery N. Rocha

ENCICLOPÉDIA DA VIDA DE JESUS. Louis-Claude Fillion. Editora Central Gospel.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

7 nomes bíblicos escolhidos por Deus

sete nomes bíblicos escolhidos por Deus
Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei do maná escondido. Também lhe darei uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele que o recebe.                   Apocalipse 2:17

Sete nomes da Bíblia foram escolhidos por Deus. Cada um teve importante propósito na narrativa bíblica. Teve, também, uma provação ou luta envolvida com a escolha destes nome. E no final da Bíblia, no livro do Apocalipse, há uma intrigante promessa envolvendo um novo nome aos que vencerem. Veja, querido leitor, os sete nomes da Bíblia que foram escolhidos por Deus, além da vitória que cada um teve, e permita que o Espírito Santo fale contigo:


  • Ismael

Eis que concebeste e terás um filho, e chamará seu filho de Ismael, porquanto o Senhor ouviu tua aflição (Gn 16.11)
Seu nome significa: aquele que Deus ouviu. Na rejeição de Agar, mãe de Ismael, Deus a visitou e a orientou. Deus sempre pede aos homens que façam o melhor, ainda que o melhor seja o mais difícil de fazer. Agar teve que voltar e se humilhar perante Sara. A prova e luta aqui envolve rejeição. Agar, mãe de Ismael, teve que vencer os sentimentos que nascem da rejeição. Com isso, Deus fez uma aliança com Agar.


  • Isaque

Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, chamarás seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo (Gn 17.19)
Seu nome significa: riso. Abraão e Sara riram diante da promessa de terem um filho. A idade de ambos já era avançada e, além disso, parece que Sara era estéril. Repare que não há uma reprovação de Deus diante do riso do envelhecido casal. Não parece ser um riso de dúvida, e sim, de intimidade. Abraão e Sara tinham muita intimidade com o Senhor. A prova que passariam era justamente a questão de suas idades. A prova do tempo.


  • Salomão

Eis que o filho que nascer será de repouso... portanto, Salomão será seu nome, e paz e descanso darei a Israel (1Cr 22.9)
Seu nome significa: repouso ou aquele que pacifica. Para melhor compreendermos a prova e luta que envolveu a escolha de seu nome, devemos verificar alguns versículos adiante, veja:
Então prosperarás, se tiveres cuidado de fazer os estatutos e juízos do Senhor (1Cr 22.13)
Essa é a base da prosperidade em qualquer área da nossa vida, obedecer ao Senhor. Salomão obedeceu durante toda a sua infância e juventude e prosperou mais que todos os homens de seu tempo. Esta é a prova e luta que envolveu a escolha de seu nome. A prova de obedecer ao Senhor, como princípio para a prosperidade que Deus tinha para Salomão.


  • Josias

Altar, altar! Assim diz o Senhor: eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias. (1Rs 13.2)
Seu nome significa: Deus trará salvação. Veja que a profecia é dirigida ao altar. Deus olha e zela pelo altar. Jeroboão, o primeiro rei de Israel depois da divisão, teve sua mão secada ao tentar impedir a ação do Senhor contra o altar. É a prova e teste da pureza do altar. Josias restaurou e purificou o altar, e, por isso, ficou conhecido com o último dos "bons" reis de Judá.


  • Ciro

Ciro é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Sê edificada, e ao templo, funda-te. (Is 44.28)
Seu nome significa: Aquele que tem autoridade. É interessante notar que esta profecia foi liberada 150 anos antes do nascimento do rei persa. Foi um dos não judeus que foi levantado por Deus para benefício de Israel. O povo de Deus estava passando pela prova do tempo de desamparo, fruto de sua própria obstinação.


  • João Batista

Não temas, pois a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher dará a luz a um filho, e lhe porás o nome de João. (Lc 1.13)
Seu nome significa: Graça de Jeová. Zacarias sonhava em ter um filho. Seu sacerdócio era hereditário. Seria sua maior herança. Deixar de ter um filho, e assim, seu sacerdócio não ter continuidade, era sua maior prova. Zacarias tinha realmente uma necessidade ter um filho. Ao mesmo tempo, Deus precisava enviar sua "voz que clama no deserto". Os resultados são poderosos quando se unem a necessidade de um homem com a vontade de Deus!


  • Jesus

E dará a luz um filho, e chamarás o seu nome Jesus, por que ele salvará o seu povo de seus pecados. (Mt 1.21)
Seu nome significa: Salvação ou Senhor da salvação. É o ápice desta lista. O último nome bíblico que Deus escolheu. Também é o principal deles, pois é aquele que salvará o seu povo de seus pecados. Sua prova e luta também estão inseridas nesta declaração. Ele venceu e tratou o pecado. E ainda, oferece essa vitória sobre o pecado para aqueles que creem em seu nome.

E tantos quantos forem salvos por este Senhor da Salvação terão o gozo e galardão de receberem um novo nome na glória. Estes salvos receberão um novo e derradeiro nome. Por enquanto, a descrição do nome segue em mistério, mas naquele grande Dia, conheceremos nosso verdadeiro nome escolhido pelo próprio Deus.

Dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra, um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe. (Ap 2.17)

Repare que esta intrigante profecia foi liberada à igreja de Pérgamo, que é acompanhada com a declaração AO QUE VENCER...

Por isso, querido leitor:

  1. Vença os sentimentos da rejeição, como a mãe de Ismael;
  2. Vença a prova do tempo, como os pais de Isaque;
  3. Vença as tentações da desobediência, como Salomão;
  4. Vença qualquer impureza do altar, como Josias;
  5. Vença o tempo de desamparo, como os judeus do tempo de Ciro;
  6. Vença as forças dos seus sonhos, alinhando-os nos projetos de Deus, como Zacarias;
  7. Vença o pecado, em Jesus Cristo, o Senhor da Salvação.
E assim, lhe será dado um novo nome, escrito numa pedra. Um nome escolhido por Deus. Isso é uma notícia incrível, pois teremos a oportunidade de termos nosso nome nesta seleta lista de nomes escolhidos por Deus. Não se esqueça que cada um desses nomes, estava associado a alguma prova, por isso, devemos vencer cada prova que for surgindo. Veja, também, quão forte foram os propósitos na vida dos sete homens que tiveram seus nomes escolhidos pelo Senhor. Por isso, vença!

Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei do maná escondido. Também lhe darei uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele que o recebe. (Ap 2.17)


Amém.

Erisvaldo Pinheiro Lima
Mensagem ministrada na Comunidade Evangélica Arca da Aliança, em Fevereiro de 2017.


Fonte de apoio:



segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Pessoas precisam de pessoas: um comparativo na história de Jonas e Elias

Pessoas precisam de pessoas: um comparativo na história de Jonas e Elias
Jonas 4.1-11
1Reis 19.1-21

Existe um grande ensinamento na história dos profetas Elias e Jonas. Existe também, uma semelhança notável entre o dois. O primeiro esteve numa caverna, o segundo, numa aboboreira e ambos desejaram o fim de seus ministérios e até de suas próprias vidas. Nos dois casos, Deus vai mostrar algo simples e ao mesmo tempo desafiador para a cura de seus humildes servos. Elias e Jonas vão aprender que pessoas precisam de pessoas! Veja, querido leitor, esse ensino tão válido para os nossos dias e permita que o Santo Espírito fale contigo:

  • A dor e tristeza de Jonas

Os quatro capítulos do livro do profeta Jonas nos mostram uma história que é muito importante para os nossos dias. Embora o quarto capítulo seja menos conhecido, é o ponto chave para este estudo.

Jonas realizou uma grande obra. Uma cidade inteira se converteu de seus maus caminhos. A palavra revelada que Jonas liberou tinha apenas sete palavras. Ainda quarenta dias e Nínive será subvertida. Ele resistiu, à princípio, fugiu e foi parar no ventre do grande peixe. Mas acabou liberando a palavra que mudou a história da grande Nínive. E é aí que começa a dor e tristeza de Jonas.

O profeta monta uma cabana num lugar estratégico par ver se em 40 dias Nínive seria subvertida. A destruição não veio. O arrependimento da cidade mudou a sequência de destruição. Quão poderoso é o arrependimento sincero!

E assim, as emoções de Jonas ficam expostas e ele deseja a morte. Grandemente deprimido, Jonas passa a um estado de grande alegria. Essa mudança repentina ocorre porque uma planta nasce da noite para o dia. Jonas fica embaixo desta aboboreira. O calor é amenizado. Mas, da noite pro dia, a planta morre. Jonas volta a se entristecer amargamente. Deus manda um vento oriental e o forte calor faz Jonas padecer muito, a ponto dele pedir a morte pela segunda vez.

Por que Jonas ficou mal? Porque a aboboreira morreu. Por que Jonas ficou mal? Porque o sol escaldante estava sobre sua cabeça. Mas ele não conseguiu ficar mal pelas pessoas de Nínive. A aboboreira, no coração dele, tinha mais valor que as pessoas de Nínive. Seu bem estar físico tinha muito mais valor do que as 120 mil pessoas de Nínive. Essa é a síndrome de Jonas, onde as coisas tem muito mais valor que as pessoas.

Pessoas precisam de pessoas, Deus estava ensinando isso para Jonas. O profeta não precisava de uma aboboreira. Não precisava de uma sombra sobre sua cabeça. Jonas precisa era se compadecer pelas pessoas que estavam diante dele. Havia uma cidade inteira diante de Jonas e ele chorava por causa de uma planta!

  • A dor e tristeza de Elias

Ao receber a notícia da morte dos 400 profetas e que seu nome era o próximo da lista da macabra Jezabel, Elias experimenta um forte abatimento. Sua caminhada é interrompida. Sua tristeza o leva a desejar a morte. O Senhor manda um anjo que serve um revigorante alimento. Elias, renovado e cheio de força, volta a andar. Não dura muito tempo e sua caminhada é interrompida de novo. Mesmo abatimento e mesma tristeza que o leva a desejar a morte novamente. E o Senhor das renovantes misericórdias envia seu anjo mais uma vez. O profeta recebe o revigorante alimento e volta a andar. Parece um replay mesmo. Já são duas paradas e duas intervenções divinas. É como se agora sim, as coisas vão andar... mas... Elias não apenas pára novamente... ele vai pra o fundo de uma caverna. Realmente ele não estava bem.

Mesmo tendo recebido o revigorante alimento por duas vezes, seu problema continuava martelando. As pessoas que ele tinha ensinado, os profetas que ele tinha levantado, estavam mortos! Quatrocentos homens que Elias tinha sido instrumento do Senhor para serem levantados, estavam mortos.

Na caverna, já era a terceira vez que Elias interrompia sua caminhada. Somos de uma geração onde há muitos obreiros feridos que se esconderam nas profundezas de cavernas da vida. (Querido leitor, recebemos diariamente mensagens de pessoas que foram tocadas numa das mensagens deste blog, Elias na caverna e as provas do vento, terremoto e foto, o que mostra que existem muitos Elias em cavernas nos dias de hoje. Para acessá-la, clique aqui).

O que me surpreende é que quando Elias chega ao ponto de entrar no frio de uma caverna, Deus não manda mais anjos, Ele o visita pessoalmente! Não usa uma voz de repreensão, pelo contrário, Ele faz um convite: "Vem"! Creio que o mesmo Senhor de Elias possa estar chamando pessoas na mesma situação de Elias, dizendo: Vem, saia daí, vem para fora!

Elias sai da caverna e vai para próximo de Deus. O Senhor usa algo incrível para curar seu profeta. Vai tratar a origem do problema. Ele diz:

Unge Hazael rei sobre a Síria
Unge Jeú rei sobre Israel
Unge Eliseu profeta
Também eu fiz ficar 7.000 profetas, todos os joelhos que não se dobraram a Baal.




Pense nisso...


Elias sai da caverna para levantar pessoas, ungir pessoas, e se encontrar com muitas outras pessoas!
Não há registro do que fez Jonas depois de sua tristeza na aboboreira.
A história de Elias teve um recomeço. A de Jonas, parece ter terminado. 
Elias valorizou pessoas. Jonas, valorizou aboboreira.
Que o Espírito Santo nos faça esse alerta para valorizarmos mais as pessoas e cada vez menos as coisas. 


Amém!


Erisvaldo Pinheiro Lima

Mensagem ministrada em Novembro de 2016, no 3º Encontro de Obreiros da Comunidade Evangélica Arca da Aliança.
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