quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A viúva de Naim e o encontro das multidões

Jesus promoveu o encontro de duas multidões


E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão; E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade. E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o que fora defunto assentou-se, e começou a falar. E entregou-o à sua mãe. E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo.




Bp Erisvaldo Pinheiro

Palavra ministrada em 20 de Agosto de 2014
Comunidade Evangélica Arca da Aliança


Nosso Mestre sai da grande Cafarnaum em direção à pequena Naim, após uma ministração forte e operar o conhecido milagre no servo do centurião. Seguido de uma grande multidão e muitos de seus discípulos, Jesus percorre cerca de 32 Km até chegar à porta da pequena cidade. Há um clima de alegria nessa multidão. Nada é mencionado da grande distância percorrida, é como se aquela caminhada tivesse sido muito agradável e momentos agradáveis parecem que passam rápido. Uma multidão feliz nos contagia. Ao ouvir os relatos dos prodígios em Cafarnaum, qualquer um que se juntasse àquela multidão seria contagiado pela atmosfera de alegria. O centro da alegria estava ali, Jesus!


Da pequena Naim sai uma viúva acompanhada de uma outra multidão, percorrendo uma pequena distância em direção ao sepulcro. Aqui, o clima é de tristeza e muito é mencionado da caminhada. É como se cada passo durasse uma eternidade. Mais que demorar, o tempo parece parar. Uma multidão triste assim, tende a nos contaminar. Tende a ter vozes de acusação, apontando culpados pela situação difícil. Tende a ter vozes de desespero, estipulando que o amanhã será terrível, sem esperança. Tudo isso pesava sobre a viúva. Ela era o centro das atenções, uma viúva de um pequeno vilarejo que perde seu único filho!

E perto da porta da cidade as duas multidões se encontram.

  • Jesus promove o encontro das multidões

Ao se dirigir à viúva, Jesus demonstra na prática o que Paulo ensinou ao seu rebanho que estava em Roma:
Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram (Rm 12.15)
Ele juntou as duas multidões. Os que sorriam com os que choravam. Nossa natureza caída não nos permite sentirmos a tristeza do outro estando nós felizes. Muito menos estar sofrendo e passar a ficar alegre com a alegria do próximo. Mas, Jesus faz isso!

Na junção das diferentes multidões, quem estava alegre glorificou ao Senhor. Quem chorava se renovou e se encheu de esperança e também glorificou ao Senhor. Observe que quando acontece declaração de que "todos glorificavam ao Deus" não há mais duas multidões distintas. Agora é apenas uma, a multidão que glorifica ao Senhor. Deus nos une no Corpo de Cristo, a Igreja. Somos diferentes também, uns choram e outros sorriem, uns mais dispostos e outros mais enfraquecidos, uns disponíveis e outros muito ocupados, mas nos tornamos juntos em Cristo, passamos a ser um só corpo. Uma única multidão que glorifica a Deus! Aleluia!

  • Jesus é a esperança de um amanhã melhor

Acredito que o pior problema da viúva era o amanhã. Ela iria enterrar sua última fonte de proteção e sustento. Iria enterrar suas esperanças. 

Jesus, mais uma vez, demonstra na prática o que estava registrado nas escrituras:
O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. (Salmos 30:5)
Uma das mensagens mais forte do Evangelho é a restauração da esperança. Devolver ao necessitado a esperança de um amanhã melhor. Mais que devolver o filho àquela mulher, Jesus devolveu sua esperança.

  • Jesus se importa

Nosso Senhor ressuscitou uma menina que havia acabado de falecer (Lc 8.42-56), também este que estava a caminho da sepultura (Lc 7.12) e mais outro que estava morto há quatro dias (Jo 11). São tempos diferentes cuja causa permanece um mistério para nós. Mas uma coisa é fato, Jesus se importou com todos!

Não somente se importa, ele age. Ele disse "não chores", antes do milagre. Note que a palavra é liberada antes da ação do milagre. Primeiro ele consola a que chora e depois, se dirige á causa do choro. Creio que Deus pode estar falando primeiro com você, querido leitor, mas depois, ele vai se dirigir à sua causa. Ele se importa por você!

Naim pode significar deleite e beleza. Mas naquele dia, era um lugar de dor e tristeza. Pelo menos só até Jesus chegar e mudar a situação. Isso nos mostra que não existe deleite e beleza sem Jesus. E muito menos, dor e tristeza com Jesus.

Pense nisso...

Quando Jesus libera sua palavra, imediatamente o jovem se levantou. O original grego para esta palavra é anakathizo que é usado somente aqui no Evangelho de Lucas e em At 9.4 (também escrito por Lucas). Trata-se de um termo médico que significa levantar-se e sentar direito. Ou seja, o estado médico do filho da viúva foi de uma completa restauração. Sua causa de dor fora completamente movida pela palavra de Cristo, ficando seu estado final, melhor que a inicial. 

Aquele que junta as diferentes multidões e que devolve a esperança de um amanhã melhor continua agindo. Continua liberando sua poderosa palavra consoladora e operando seu anakathizo. Ele continua...     

Que a paz do Senhor Jesus repouse em ti.


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