Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. Tito 2:11-14 |
Bp Erisvaldo Pinheiro Lima
(ministrado em 13 de outubro de 2013)
Sua graça sempre existiu. Sempre esteve no coração de Deus. O que Paulo ensina a Tito é que essa graça se há manifestado. Como alguns valores, dons e virtudes que o Senhor nos concede e, as vezes, os guardamos em nossos corações. Existem, mas ficam guardados. A graça do Senhor sendo manifestada, nos ensina que também precisamos manifestar a todos os homens os dons que Ele nos concedeu, pois a luz não pode ficar embaixo da mesa.
No velho Testamento
Quando a graça ainda não havia sido manifestada, vemos a história de um povo que, embora escolhidos de Deus, era predominante as situações em que sangue era derramado. Já no primeiro livro bíblico, vemos Caim derramando sangue de seu irmão, Abrão em guerra contra cinco reis, Simeão e Levi matando todo homem siquemita.
Essa aparente crueldade aponta para nossa própria história. Os relatos bíblicos do antigo e novo Testamento é a nossa própria história. Temos uma história antes e depois da graça do Senhor em nossas vidas. Em Lv 17.11 diz que a vida está no sangue. Por isso, o sangue derramado dissolutamente no velho testamento representa nossa vida antiga que era derramada de forma profana. Graças a Deus que sua graça se manifestou!
No novo Testamento
A graça de Deus se manifesta em Cristo. O novo testamento inicia seus relatos com Cristo chamando homens para segui-lo. Um chamado para deixarem de derramarem sangue (vida) dissolutamente. O novo Testamento não vai mais relatar vidas derramando seu sangue. Ao invés disso, o novo Testamento vai girar em torno de um que derramou seu sangue, que por ser puro, oferece uma vida nova a todos que o seguirem e aceitarem o seu chamado. Quem o seguir, não mais derramará seu sangue de forma profana.
A graça manifestada nos ensina que devemos:
Renunciarmos
Essa palavra significa deixar para traz; esquecer os interesses próprios. Gosto dessa definição, pois explica o quanto é difícil a renúncia, e o porquê muitos não conseguem fazê-lo. Na renúncia não basta apenas deixar para traz, é preciso também esquecer. Acho justamente essa segunda situação a mais difícil. Como no caso de casais em que um dos cônjuges renunciam algo, deixam para traz algumas situações para seguir em frente, mas levam consigo as lembranças. O passado que vem ao presente causar dor, intriga. Renúncia deve ser completa. Com Cristo, devemos renunciar nossas atitudes e interesses próprios e não mais lembrar da antiga vida profana com saudades.
O texto diz que pela graça manifestada renunciamos a impiedade e as concupiscências mundanas. A renúncia à impiedade envolve deixar para traz e esquecer a falta de compaixão e a incredulidade. Amor ao próximo e fé, atributos conquistados mediante a graça manifestada. E a renúncia às concupiscências mundanas é a mudança do desejo constante de fazer algo que é contra a vontade de Deus, para a total submissão à voz do Senhor. Deixar de fazer o que nossa carne quer que façamos, somente terá exito pela manifestação da graça!
Veja que primeiro vem a renúncia, e depois a palavra para vivermos sóbria, justa e piamente. Alguns não conseguem viver dessa maneira e se esforçam com todas as suas forças para estarem sóbrios, serem justos e piamente. É porque antes disso vem a renúncia!
Renunciamos e não temos méritos algum. Pois primeiro a graça foi manifestada.
Pela graça manifestada é que aguardamos a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.
Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo repouse em ti,