2Crônicas 29.1-9 |
Bp Erisvaldo Pinheiro Lima
Palavra ministrada em 31/07/2013
O Espírito do Senhor nos visitou e nos direcionou a este texto bíblico. Convencendo-nos que era necessário nos lançarmos diante do Senhor, como o rei Ezequias fizera. Baseado no avivamento espiritual dos tempos deste ilustre rei, fizemos um voto diante do Senhor, o Propósito de purificação de 16 dias, mesmo tempo em que Ezequias purificou o templo de Jerusalém. Foi um propósito forte, onde entenderemos sua profundidade meditando no relato bíblico do capítulo 29 do segundo livro das Crônicas dos reis de Judá. O texto foi ministrado em três etapas, três cultos onde o Senhor nos visitou e nos tratou nas áreas de nossas vidas em que estas palavras foram direcionadas.
Esta foi a primeira de três ministrações do propósito de purificação de 16 dias. Você pode ver nestes links as outras duas ministrações deste propósito:
O
culto foi deixando de ser importante para os escolhidos de Deus. O templo de
Jerusalém foi cada vez mais se “adaptando” aos costumes cananeus. Foi neste
contexto que o rei Ezequias, aos vinte cinco anos de idade, começou a reinar em
Judá. Seu pai, o ímpio rei Acaz profanou o templo sagrado, entrou imundícia e
foi tirado os objetos santos.
A
descrição do rei Ezequias chama nossa atenção. Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera
Davi, seu pai. Ser uma pessoa reta (ou boa) aos nossos olhos é uma coisa,
outra mais forte é ser reta aos olhos daquele que é chamado de Santo, Santo,
Santo! Sua descrição condiz com seus atos. No primeiro ano de seu reinado,
ainda no primeiro mês, ele abriu as portas do templo e as reparou. A porta do
templo do Senhor deve estar aberta. Esta atitude deu início a uma série de
medidas que iriam trazer uma verdadeira purificação espiritual para todo Judá:
·
Tirai do santuário a imundícia
O
rei Ezequias convoca os sacerdotes e levitas. Não é um convite, é uma santa
convocação. A proclamação era clara, santificai-vos,
agora, e santificai a Casa do Senhor. Vejo uma urgência nesta convocação,
tinha que ser agora! A purificação não poderia ficar para depois. Outro detalhe
importante era que antes de santificar a Casa do Senhor, os sacerdotes e
levitas tinham que se santificarem primeiro. E tirai do santuário a imundícia declara Ezequias. Termos como “sujeiras”
ou “coisas que desagradam a Deus” poderiam ser usadas aqui, seriam mais suaves.
Agora, tirar as imundícias do santuário... tinha que ser agora mesmo.
O santuário
do Senhor nos tempos neotestamentários é uma construção tão bela como o templo
dos tempos de Ezequias e também tão vulnerável à imundícias. O Deus que não
habita em templos feitos por mãos humanas (At 17.24b) escolheu habitar num
templo feito por Ele mesmo (1Cor 6.19), o teu e o meu coração, querido leitor.
Devemos também escolher se este novo templo do Senhor vai se adaptar aos
costumes cananeus (mundano), ou se vai passar por uma purificação para que seja
tirado toda imundícia. Não é fácil admitir que há imundícia em nosso coração,
poderia ser outra palavra mais suave. Neste propósito de purificação, nosso
clamor continua sendo tirai do santuário
a imundícia.
O
propósito está no primeiro passo e já fez uma bela obra em nossos corações, o
orgulho é quebrado, junto com qualquer altivez e soberba. Aceitamos e reconhecemos
pela obra de convencimento do Espírito Santo que há imundícia que precisa ser
tirada agora.
·
Nossos pais transgrediram
Na
convocação de Ezequias, há uma confissão de erros dos pais. De fato o rei
Ezequias tinha herdado um reino que havia feito mal aos olhos do Senhor, e o deixaram e ainda desviaram o rosto do tabernáculo do Senhor e lhe voltaram as costas. Percebe,
querido leitor, que o erro não era de Ezequias. Ele tinha herdado a
consequência desses erros de seus pais. É o que chamamos de maldição
hereditária, como é expressado na declaração de Ezequias: Porque eis que nossos pais caíram à espada, e nossos filhos, e nossas
filhas, e nossas mulheres estiveram por isso em cativeiro.
Esta
confissão era e é necessária. A purificação para ter êxito deve tirar toda
imundícia que herdamos de nossos pais. Uma obra que somente o Espírito Santo é
capaz de nos convencer. Por exemplo, herdei do meu pai alguns de sues comportamentos,
alguns positivos, como o trabalho e o carinho pelos filhos, e outros negativos
como a impaciência. Nesta purificação, o Espírito me convenceu que eu tinha a
mesma reação de nervosismo do meu pai e que era uma imundícia que deveria ser
tirada. Há um histórico de fracassos nos casamentos dos meus antepassados,
separações, traições, constituição de duas famílias, brigas excessivas, uma
maldição que foi passada aos meus avós, meus pais, e que precisou e precisa ser
quebrada na minha geração. A oração de confissão de Ezequias é uma não
aceitação que o mal e o erro dos pais continuem nos filhos.
É
difícil achar um erro em Abraão, o amigo de Deus. Mas seu erro é repetido no
seu filho Isaque, que por sua vez, é repetido no seu neto Jacó, e seus bisnetos
deram continuidade ao mal. O detalhe é que Abraão mentiu por duas vezes dizendo
que Sara não era sua mulher (Gn 12.13 e Gn 20.2), Isaque usou do mesmo erro (Gn
26.7), Jacó recorreu a mentira com seu próprio pai (Gn 27.19), e a quarta geração
também usa desse erro, quando os filhos de Jacó elaboram uma trama mentirosa contra
José (Gn 37.32). Veja que o mal aqui é passado para a outra geração com um
aumento de danos e prejuízos, como se fosse uma bola de neve mesmo. Por isso, é
urgente a convocação de nos santificar agora,
começando pela quebra de orgulho e quebra de maldição que herdamos. Essas
heranças de comportamentos e costumes negativos tendem a aumentar na geração
posterior.
Olhe
para você mesmo, leitor. Que costume negativo você herdou de seus pais? Qual
marca de família tem sido repetido de geração em geração? Confesse isso diante
de Deus, e permita que mão do Senhor arranque do templo (teu coração) toda
imundícia herdada.
Assim se iniciou a purificação nos dias do rei Ezequias. Uma quebra de heranças maléficas. Uma aceitação de que há imundícias a serem removidas. Assim começa nossa purificação também. O primeiro ato, de dezesseis dias de purificação do templo. O resultado valeu a pena.
Que o templo do Espírito
Santo seja purificado agora!