Apocalipse 11 |
Apocalipse
11 – As duas testemunhas
Foi dada uma cana,
semelhante a uma vara métrica, ao Apóstolo João. Ele deveria medir o Santuário
e os que ali adoram. Constantemente, Deus mede o Santuário e os adoradores (Ez
40.3; Ap 21.15). Deus mede o louvor de seus adoradores. Isso mostra o quanto à
adoração tem peso para os acontecimentos finais. O átrio exterior do Santuário
não é medido. É dado aos gentios para ser pisado por 42 meses (três anos e
meio).
Depois disso, serão
enviadas as duas testemunhas, que
profetizarão por 1.260 dias (três anos e meio). As duas testemunhas receberão
poder da parte de Deus, serão mortas pela besta do abismo, seus corpos ficarão
expostos em praça pública por três dias e meio e, finalmente, serão ressuscitadas
pelo Espírito de vida. Nesta ocasião, está previsto um terremoto na cidade
santa que matará dez mil pessoas.
O ministério das duas
testemunhas é extraordinariamente semelhante a Moisés e Elias. O fogo que
receberão para não serem mortos lembra o fogo de Elias (1Rs18, 2Rs1). Poder
para impedir chuva lembra o que Tiago registrou em Tg 5.17. Transformar água em
sangue já ocorreu em Êx 7.17-21, assim como a assolação com pragas, em Êx 7-11.
O fato de que Elias e
Moisés terem aparecido no Monte da Transfiguração deve ser levado em
consideração na identificação das duas testemunhas (Mt 17). Isso, não
necessariamente, implica que eles ressuscitaram. Elias foi levado aos céus numa
carruagem de fogo (2Rs 2) e o corpo de Moisés foi disputado numa batalha entre
Miguel e demônio (Jd 9), após ter sido sepultado pelo próprio Deus (Dt 34.5-6)
e “ninguém soube até hoje o lugar da sua sepultura”.
As duas testemunhas são
identificadas no versículo quatro como as duas oliveiras e os dois castiçais
que estão diante de Deus. Essa cena também foi vista por Zacarias em Zc 4.11,
onde uma delas representa Zorobabel. Diante do altar do Senhor há sete
castiçais, que representam a igreja. Há também esses outros dois castiçais que
parece representar os profetas de Israel. Por detrás dos castiçais há um
depósito de azeite. Ali não falta azeite. Representam a unção desenvolvida
pelos profetas no exercício de seu ministério, como a unção que estava em João
Batista, semelhante à de Elias, onde o próprio Senhor Jesus disse ‘Elias veio’
(Mt 17.10-11). Essa unção foi derramada sobre os profetas da Antiga Aliança.
Essa unção será derramada mais uma vez nas duas testemunhas. Não há como
afirmar que elas serão Moisés e Elias em pessoa. Mas podemos afirmar que terão
o ministério profético com mesma unção que teve Moisés e Elias.
Há de se ressaltar
sobre a origem dessas unções. O azeite da igreja está nos sete castiçais. O
azeite dos profetas do Antigo Testamento está em outros dois castiçais,
diferenciados pelas duas oliveiras. São unções diferentes. Ministérios
proféticos diferentes. Os profetas da igreja se diferem em unção dos profetas
da Antiga Aliança. A revelação da igreja não é a mesma da Antiga Aliança. Na
igreja, o Espírito revela (Jo 16.13). Na Antiga Aliança, era algum anjo enviado
por Deus (Dn 10). Os ministros da palavra da igreja não recebem revelações de
anjos e nem profetizam como os profetas da Antiga Aliança. Os profetas da
igreja profetizam para edificação, exortação e consolação (1Co 14.3),
inspirados pelo Santo Espírito. Os pregadores de hoje
devem fazer bem essa diferenciação. Que o Espírito sopre essa diferença em
nossos corações.
Esse ministério
profético do Velho Testamento será levantado mais uma vez nas duas testemunhas
na fase final do período da Tribulação. Período que a igreja não estará mais
por aqui (Maranata!).
Bp Erisvaldo Pinheiro
Lima
Comunidade Evangélica
Arca da Aliança
Estudo ministrado na
Escola de Profetas em 22 de junho de 2016.
Fontes de estudos:
Bíblia
Revelada -
Novo Testamento - Ômega. Traduzida, comentada e editada por Aldery N. Rocha
Galvão, Eduardo. Significado de Apocalipse 10 e
11. Setembro de 2015. Disponível em:
<http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2015/09/significado-de-apocalipse-11.html
>, Acesso em 15 de junho de 2016