quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Ezequias de Judá e Oséias de Israel: destinos distintos

 


 

 

“E sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá” (2Reis 18.1)


Esse versículo cita dois reis, que governam basicamente numa mesma geografia e no mesmo tempo histórico, porém, um tem o seu pior declínio e o outro, seu maior momento de avivamento. 


Os textos dos capítulos 17 e 18 de 2Reis são visivelmente antagônicos. Oséias e os israelitas viviam o pior momento de sua decadência moral, sofrendo uma terrível derrota para os assírios, que desencadeou o fim da história da nação.


Em oposto a isso, Ezequias e os judeus vivem o melhor momento do despertamento espiritual, com uma milagrosa vitória sobre os assírios, e vivendo um belo momento de recomeço na nação.


Como pode dois locais tão próximos e tão semelhantes apresentarem quadros morais tão distintos?


Vejamos 3 características presentes em cada rei e sua respectiva nação, e deixemos que o Santo Espírito fale em nosso coração:


    Oséias e o povo de Israel (17.9-14)


  1. Fez secretamente coisas que não eram retas, contra o Senhor

A decadência de Israel começa quando os erros ocultos se tornam normais e aceitáveis. O erro público começa com práticas secretas. Que o Espírito nos alerte quanto a isso. Que nossos erros ocultos sejam devidamente tratados e purificados, pois não há nada oculto que não há de ser revelado.

 

  1. Como as nações, fizeram coisas ruins, adotando o sincretismo religioso (17.33)

Os costumes das nações passaram a ser costumes do povo de Deus. À semelhança das nações, o povo de Deus adotou os ritos que não estavam registrados na Palavra. Oferendas em árvores e velas em montes, ídolos e imagens foram acrescentadas como prática de fé. No fim, o povo de Israel confiava em Deus e também nos deuses pagãos. Sincretismo religioso instaurado. Uma coisa é o respeito pela diversidade, outra é adotar as práticas da diversidade. Que tenhamos sabedoria.


  1. Não deram ouvidos aos protestos do Senhor, pelo ministério dos profetas.

Deus protestou por diversas vezes contra seu povo. Diversos profetas foram levantados. Entre eles, Elias e Eliseu! Mas o povo não deu ouvidos à palavra. Protesto significa “grito, brado de repulsa ou de não concordância com relação a algo”. É forte imaginar que o Deus santo liberou, por diversas vezes, um brado de repulsa por não concordância com relação às atitudes de seu povo. Um Deus que protesta contra nossos atos. E usa seus profetas para isso. Que possamos ouvir e dar ouvidos aos protestos do Senhor Deus.


Os assírios são como provas que vêm, que batem em nossa porta, que nos cercam e nos amedrontam.


    Ezequias e o povo de Judá (18.6)


  1. Se achegou ao Senhor

Mais que se aproximar, achegar significa “ajeitar, aconchegando”. Lembro do meu gato que se aproxima, principalmente quando estou lendo, e me toca levemente com sua patinha, pedindo carinho. E ao estender a mão, ele sempre se aconchega perto de mim. Que possamos aprender a nos achegarmos perto do Senhor, e sentir seu toque, seu afago.


  1. Não se apartou de após ele

A ordem negativa mostra que muitos fazem o inverso. Muitos se achegam ao Senhor, mas poucos são os que não se apartam de sua presença. Isso mostra que nossa relação com o Senhor não é apenas em momentos de precisão. Vai muito além disso. Precisamos nos aproximar e não se apartar. Muitos vêm pro culto, se aproximam de Deus, mas no dia a dia, não têm continuidade.

A permanência aqui aponta uma condição, deve ser “após ele”. Sim, o Senhor primeiro, e eu após ele. Antes de entrar em qualquer ambiente, precisamos honrar ao Senhor para que ele entre primeiro.  


  1. Guardou os mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés

Ezequias ensinou o povo de Judá a se achegar ao Senhor, permanecer em sua presença e, também, a guardar seus mandamentos. Essa aproximação e permanência na presença de Deus implica mudança naquele que se aproxima. A mudança é o resultado de guardar os mandamentos do Senhor. Ezequias tinha respeito pelo passado, mas não vivia preso no passado. A referência ao passado era a força para a tomada de atitude no tempo presente.



Decisão:


Praticar coisas secretas que desagradam a Deus, ou fazer do secreto um momento de se achegar a Deus?


Fazer coisas como os outros fazem, ou se aproximar de Deus e não se apartar?


Não dar ouvidos aos protestos do Senhor, ou guardar seus mandamentos?


É a sua decisão que leva ao ponto final, ou à vírgula do recomeço. Que o Santo Espírito nos guie.


Amém!

 

Erisvaldo Pinheiro Lima

Palavra ministrada em Novembro de 2022

Igreja Santuário do Altíssimo 

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