quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Ezequias de Judá e Oséias de Israel: destinos distintos

 


 

 

“E sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá” (2Reis 18.1)


Esse versículo cita dois reis, que governam basicamente numa mesma geografia e no mesmo tempo histórico, porém, um tem o seu pior declínio e o outro, seu maior momento de avivamento. 


Os textos dos capítulos 17 e 18 de 2Reis são visivelmente antagônicos. Oséias e os israelitas viviam o pior momento de sua decadência moral, sofrendo uma terrível derrota para os assírios, que desencadeou o fim da história da nação.


Em oposto a isso, Ezequias e os judeus vivem o melhor momento do despertamento espiritual, com uma milagrosa vitória sobre os assírios, e vivendo um belo momento de recomeço na nação.


Como pode dois locais tão próximos e tão semelhantes apresentarem quadros morais tão distintos?


Vejamos 3 características presentes em cada rei e sua respectiva nação, e deixemos que o Santo Espírito fale em nosso coração:


    Oséias e o povo de Israel (17.9-14)


  1. Fez secretamente coisas que não eram retas, contra o Senhor

A decadência de Israel começa quando os erros ocultos se tornam normais e aceitáveis. O erro público começa com práticas secretas. Que o Espírito nos alerte quanto a isso. Que nossos erros ocultos sejam devidamente tratados e purificados, pois não há nada oculto que não há de ser revelado.

 

  1. Como as nações, fizeram coisas ruins, adotando o sincretismo religioso (17.33)

Os costumes das nações passaram a ser costumes do povo de Deus. À semelhança das nações, o povo de Deus adotou os ritos que não estavam registrados na Palavra. Oferendas em árvores e velas em montes, ídolos e imagens foram acrescentadas como prática de fé. No fim, o povo de Israel confiava em Deus e também nos deuses pagãos. Sincretismo religioso instaurado. Uma coisa é o respeito pela diversidade, outra é adotar as práticas da diversidade. Que tenhamos sabedoria.


  1. Não deram ouvidos aos protestos do Senhor, pelo ministério dos profetas.

Deus protestou por diversas vezes contra seu povo. Diversos profetas foram levantados. Entre eles, Elias e Eliseu! Mas o povo não deu ouvidos à palavra. Protesto significa “grito, brado de repulsa ou de não concordância com relação a algo”. É forte imaginar que o Deus santo liberou, por diversas vezes, um brado de repulsa por não concordância com relação às atitudes de seu povo. Um Deus que protesta contra nossos atos. E usa seus profetas para isso. Que possamos ouvir e dar ouvidos aos protestos do Senhor Deus.


Os assírios são como provas que vêm, que batem em nossa porta, que nos cercam e nos amedrontam.


    Ezequias e o povo de Judá (18.6)


  1. Se achegou ao Senhor

Mais que se aproximar, achegar significa “ajeitar, aconchegando”. Lembro do meu gato que se aproxima, principalmente quando estou lendo, e me toca levemente com sua patinha, pedindo carinho. E ao estender a mão, ele sempre se aconchega perto de mim. Que possamos aprender a nos achegarmos perto do Senhor, e sentir seu toque, seu afago.


  1. Não se apartou de após ele

A ordem negativa mostra que muitos fazem o inverso. Muitos se achegam ao Senhor, mas poucos são os que não se apartam de sua presença. Isso mostra que nossa relação com o Senhor não é apenas em momentos de precisão. Vai muito além disso. Precisamos nos aproximar e não se apartar. Muitos vêm pro culto, se aproximam de Deus, mas no dia a dia, não têm continuidade.

A permanência aqui aponta uma condição, deve ser “após ele”. Sim, o Senhor primeiro, e eu após ele. Antes de entrar em qualquer ambiente, precisamos honrar ao Senhor para que ele entre primeiro.  


  1. Guardou os mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés

Ezequias ensinou o povo de Judá a se achegar ao Senhor, permanecer em sua presença e, também, a guardar seus mandamentos. Essa aproximação e permanência na presença de Deus implica mudança naquele que se aproxima. A mudança é o resultado de guardar os mandamentos do Senhor. Ezequias tinha respeito pelo passado, mas não vivia preso no passado. A referência ao passado era a força para a tomada de atitude no tempo presente.



Decisão:


Praticar coisas secretas que desagradam a Deus, ou fazer do secreto um momento de se achegar a Deus?


Fazer coisas como os outros fazem, ou se aproximar de Deus e não se apartar?


Não dar ouvidos aos protestos do Senhor, ou guardar seus mandamentos?


É a sua decisão que leva ao ponto final, ou à vírgula do recomeço. Que o Santo Espírito nos guie.


Amém!

 

Erisvaldo Pinheiro Lima

Palavra ministrada em Novembro de 2022

Igreja Santuário do Altíssimo 

Salmos 50 e o sacrifício de louvor

 




O forte Salmo 50 começa declarando o governo de Deus. O poderoso Deus que fala e chama a terra do nascimento do sol até ao seu ocaso. Um tempo todo, inteiro, em que Deus direciona, sem cessar, sua palavra à Terra. Sião é declarada como perfeição da formosura, o centro do resplendor divino. 


O Deus que não se cala, que não se esconde, virá. E sua vinda é acompanhada de grande reação da natureza. É a criação reagindo ao seu criador. 


Nessa introdução gloriosa, Deus chama dois grupos para ouvi-lo. O primeiro, no versículo 7, é chamado de “povo meu”. O segundo, no versículo 16, a palavra é direcionada ao ímpio. Veja o que Deus falou para cada grupo e permita que o Santo Espírito ministre em seu coração.


NÃO HÁ SACRIFÍCIO DE LOUVOR, SEM CONHECER A DEUS.



  • Ao povo meu


Deus chama seu povo para ouvi-lo. Antes de sua fala, a palavra ordena que seu povo o escute. O culto de seu povo passa pela análise daquele o qual o culto é destinado. O culto oferecido a Deus, é analisado pelo próprio Deus. O ritual ganha aprovação. Não há repreensão pelos sacrifícios e holocaustos. 


A análise do Senhor, porém, requer algo a mais do que os elementos ritualísticos. A palavra aponta para o que faltava no culto, o sacrifício de louvor. 


Esse tipo de sacrifício vai muito além do ritual, do cronograma e das ordenanças. 


Louvor significa: 

  1. admiração e honra por quem é louvado.

  2. gratidão em cumprir determinada tarefa.

  3. elogio.


O povo de Deus estava mecanizado. Perdeu a paixão por fazer a obra. O culto se tornou apenas um ritual bem elaborado, porém sem vida, sem cor, sem brilho. Que o Santo Espírito nos fale isso, para que possamos ter o sincero sentimento de honra por fazer a mais simples obra em prol do Reino do Nosso Senhor.


NÃO HÁ SACRIFÍCIO DE LOUVOR, SEM CONHECER A PALAVRA.


A sequência do Salmo vai mostrar a profundidade do que é o sacrifício de louvor.


O segundo elemento que faltava no culto, na análise do Senhor, era o pagamento dos votos.


NÃO HÁ SACRIFÍCIO DE LOUVOR, SEM CUMPRIR OS VOTOS.


Repare como está escrito: “paga ao Altíssimo os teus votos”. Veja que a palavra declara que os votos possuem um dono. São teus, e de mais ninguém. É algo exclusivo que apenas quem votou pode cumprir.


Votos e louvor estão juntos em Salmos 22.25: “O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.”


O voto tem data de validade curta. Precisa ser cumprido com urgência, ou nos tornamos tolos. “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votes e não pagues.” (Ec 5.4-5)


São diversos votos que ficam esquecidos nos cantos da caminhada. Pessoas que falam 


  • quando eu tiver um emprego, serei dizimista

  • se Deus abrir uma porta de emprego, eu ainda continuarei empenhado na obra

  • a partir de segunda-feira, eu vou ler a Bíblia

  • vou jejuar uma vez por semana

  • vou entrar no grupo de assistência da igreja e ajudar o próximo

  • vou me dedicar mais

  • estarei nos cultos de ensino e de oração

  • eu terei mais paciência

  • vou ajudar mais na igreja

  • vou pagar minhas dúvidas


A cada sentença falada, um voto é feito. E a cada voto não pago, a lista das coisas desagradáveis aumenta.


O sacrifício de louvor e o pagamento dos votos estão unidos na sentença do versículo 14. O louvor do ritual deveria ceder espaço para o sacrifício do louvor, que é levantado por aqueles que cumprem o que dizem. Que honram o que falam. Pessoas cujo fazer é acompanhado pelo falar, e vice-versa. O sacrifício de louvor é levantado por aqueles que prezam por suas palavras, que não jogam suas palavras ao vento. Que são cumpridores do que dizem. São pessoas que dizem “eu serei” e de fato se tornam. Pessoas que dizem “eu vou”, e de fato, vão. Obreiros que dizem “eu ajudarei”, e de fato, ajudam.


A recompensa para esses está no verso seguinte:

“e invoca-me no dia da angústia; e eu te livrarei, e tu me glorificarás”.


Essa pequena palavra “e” faz ligação com a condição anterior. 


Quantas vezes o cristão está no dia da angústia e invoca o Senhor e nada acontece. Não seria o caso dele analisar se seus votos estão, de fato, em dias? Que a luz do Espírito acenda os cantos obscuros do nosso coração.


  • ao ímpio


A pergunta feita nos versículos 16 e 17 descreve esse grupo:


“Que tens tu que recitar os meus estatutos e que tomar o meu concerto na tua boca, pois aborreces a correção e lanças as minhas palavras para detrás de ti?”


Nessa pergunta, vemos 3 características desse grupo:

  1. Falam a palavra

  2. Não aceitam correção da palavra

  3. Colocam-se à frente da palavra 


A Palavra de Deus não é um livro de histórias do passado que você lê, como entretenimento ou informação. Muito mais que isso, a Palavra é para ditar o rumo da sua vida no tempo hoje, é para te livrar do caminho mal, causando mudanças internas.


Veja que a palavra está nos lábios desse grupo, em suas conversas. Porém, ignoram a mudança que a palavra pode provocar neles. A palavra não é seu guia, pelo contrário, ela fica em segundo plano.


Tropeçam pelo que sai de sua boca. Fazem encontros para falar mal do irmão. Chegam a pensar que Deus concorda com o que dizem (v. 21).


Repare, porém, meu irmão, que esse grupo não é aquele ímpio que está distante do convívio do primeiro grupo. Ambos os grupos estão sendo analisados no culto oferecido ao Senhor. Estão juntos. É como se fosse um grupo só, como se a impiedade ainda estivesse no meio do povo de Deus.


É como se a mensagem do Salmo 50 proclamasse que, quanto mais deixarmos nosso culto mecanizado, mais a impiedade vai crescer dentro de nós e sair pela nossa boca, naquilo que falamos e nem percebemos.


Sendo assim, a mensagem desse forte Salmo é que o maior remédio para a impiedade que está em nosso meio é o sacrifício de louvor com cumprimento de nossos votos.



  • Impiedade


A impiedade não pode ser ignorada, muito menos ser analisada como algo fora do nosso coração, como se fosse característica de pessoas que estão longe da igreja do Senhor.


NÃO HÁ SACRIFÍCIO DE LOUVOR, SEM TRATAMENTO DA IMPIEDADE DO NOSSO CORAÇÃO.


O renomado escritor cristão, Jerry Bridges, ensina que a impiedade é o pecado mais básico, mais amplo e o mais provável de ser a causa dos outros pecados. Define impiedade como viver sem pensar - ou pensar pouco - em Deus, ou na vontade de Deus, ou na glória de Deus, ou na dependência de Deus. É bem possível, um cristão ler a Bíblia e orar antes de sair de casa, porém, passar o dia entregue em seus afazeres, sem se lembrar de Deus e na sua dependência e responsabilidade perante Deus. Agindo assim, ficamos semelhantes ao vizinho decente, porém, ímpio!


O pensar e agir para glória de Deus deve ser comum ao humilde servo do Senhor. O cumprimento de 1Co 10.31: “Portanto, seja comendo, seja bebendo, seja fazendo qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”. Esse “tudo” é levado em consideração pelo piedoso. Ele come e bebe para glória de Deus, trabalha e produz para a glória de Deus, se relaciona para a glória de Deus, faz compras e paga suas compras para  a glória de Deus… tudo que faz é com o objetivo de agradar a Deus.


Uma característica marcante da impiedade presente no coração do crente é quando o desejo de relacionamento com Deus é pouco, escasso e corriqueiro. 


Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?

(Salmos 42:1-2)

 

Ó Deus, tu és o meu Deus, de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água;

(Salmos 63:1)

 

Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo.

(Salmos 27:4)

 

São textos que mostram o quanto os homens de Deus do passado tinham uma enorme vontade de ter um relacionamento íntimo e profundo  com o Senhor. Bem parecido com o nosso próprio homem do passado. Que o Santo Espírito nos levante como homens e mulheres com essa profunda e constante sede do Deus vivo!



A piedade precisa ser praticada. Veja o que Paulo ensina a Timóteo:

“Mas rejeita as fábulas profanas e insensatas. Exercita-te na piedade” (1Tm 4.7)


O exercício da piedade ocorre quando rejeitamos o profano. A renúncia das coisas insensatas promove o fortalecimento da piedade.


Crescer na piedade (oposto da impiedade) requer comprometimento e exercício diário. Requer disciplina e empenho. Que possamos ter a consciência de que cada momento do nosso dia está debaixo dos olhos daquele que tudo vê. Que todos os nossos feitos sejam, de fato, para glória de Deus! Somente assim, vamos oferecer o sacrifício de louvor que Deus nos requer.



Reflita comigo…

O Salmo 50 inicia com a descrição gloriosa de Deus. Mesmo sendo tão majestoso, se inclina para terra e libera suas palavras ao seu povo. Analisa o culto de seu povo, aprovando o ritual e desaprovando a falta do sacrifício de louvor e descumprimento dos votos. Fecha sua exortação proclamando a impiedade daqueles que falam, mas não praticam a palavra. 


Impiedade é pensar que Deus não requer o cumprimento de nossas promessas. Impiedade é fazer as coisas como se Deus estivesse longe. Que sejamos alertados hoje pelo  Santo Espírito. Que a impiedade seja removida do nosso coração, na mesma intensidade que um dente podre é removido da boca. Que possamos colocar a palavra à nossa frente, em respeito, submissão e reverência ao Espírito. Que cada voto seja trazido à memória, para cumprimento… enfim, que possamos oferecer o sacrifício de louvor ao Senhor glorioso que governa toda a terra e que repara atentamente o seu culto.

 

Amém!

 

Erisvaldo Pinheiro Lima

Mensagem ministrada em Novembro de 2022, na Igreja Santuário do Altíssimo 

terça-feira, 8 de novembro de 2022

O grande mandamento

 


No capítulo 22, do Evangelho que escreveu Mateus, temos o diálogo entre os fariseus e o nosso Senhor Jesus. Os fariseus eram a nata da religião, os formadores de opinião, os mentores, aqueles que eram tidos como dignos de serem imitados. As criancinhas se espelhavam neles. E é interessante olhar para este capítulo e ver que Jesus vai ensinar o que de fato é importante na prática religiosa.
 

Nosso mestre vai ensinar que todo o sistema de crença, toda doutrina religiosa, e os mais de 600 pareceres que os fariseus tinham feito, como um emaranhado explicativo da reunida religião, se resumia em apenas 2 mandamentos. Amar a Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu pensamento. E amar o próximo como a si  mesmo.
 

Será que essa palavra continua ecoando nos nossos dias? Será que nossos mestres e formadores de opiniões também não precisam ouvir e viver esses 2 mandamentos? Algo semelhante com o trecho da canção da Banda Resgate, que diz “o que eles precisam saber… Deus não é o que se vê na tv”
 

A palavra mandamento significa ordem de comando, voz de comando. Vem da palavra mandar. O mandamento da palavra é uma voz que direciona a nossa vida. E de todos os mandamentos, ou seja, a voz inicial que deve comandar e direcionar a nossa vida, deve ser amar a Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu pensamento e amar o próximo como a ti mesmo.
 

Jesus bem explicou que este é o primeiro, ou seja, temos outros mandamentos, temos outras doutrinas, temos outras coisas que devemos fazer, mas ele também disse que este é o primeiro e grande mandamento. Então essa deve ser a maior voz que nos direciona. A principal voz de comando deve ser essa a voz mais alta em nossa consciência: amar a Deus e amar ao próximo como a ti mesmo. Essa deve ser a nossa principal mensagem, o nosso principal testemunho, nossas atitudes devem refletir isso, ou não estamos sendo guiados pela voz de comando.
 

O verbo amar no novo testamento vem do grego agapeo e do substantivo ágape. Tanto a forma verbal e a forma substantiva aparecem mais de 200 vezes no novo testamento, e significa amor incondicional.
 

Somente podemos amar a Deus, com esse amor ágape, esse amor incondicional, se primeiro formos nutrido pelo seu amor. Esse grande amor de Deus pode ser vivenciado por nós, através da Cruz. Ele primeiro te amou e por isso ele libera uma voz de comando para que você o ame.
 

O amor ágape não espera recompensas. É um amor sacrificial. É um amor que não espera receber nada em troca. Esse é o amor de Deus para conosco. Você não precisa fazer nada para recebê-lo. Você já o tem. É de graça, e é pela graça. Não há nada que um filho possa fazer para que seus pais o amem. Por ser filho, são amados. Aceite todo amor que o Pai libera sobre você.
 

Precisamos aceitar o amor de Deus para conosco. Seja nutrido pelo poderoso amor do Senhor através desses versículos:
 

O amor de Deus é envolvente e nos atrai para Ele:
Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí” (Jr 31.3)
 

O amor de Deus é fortemente poderoso para nunca diminuir:
Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel?” (Os 11.8)
 

O amor de Deus concede identidade de pertencimento aos seus discípulos
como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (Jo 13.1)

Então, contemplando esse grande amor de Deus, somos atraídos para ama-lo. Mas entenda que a expressão dita aqui, diz que é um amor de todo o nosso coração, de toda nossa alma e de todo o nosso pensamento. É um amor que vai além de sentimentos, porque é um amor racional, ou seja, é um amor que envolve decisão. É um amor que envolve entendimento. O amor demonstrativo. É um amor em que minhas condutas e minha vida mostram que eu o amo.

Amor ao próximo como a ti mesmo

 

No segundo mandamento, embora Jesus não tenha colocado o adjetivo grande, ele o descreve como semelhante ao primeiro. Semelhante em grandeza e importância, mas é o segundo porque depende do primeiro e somente vivendo o primeiro conseguimos ser  assertivos no segundo.
 

Entenda que aqui há 2 situações. Para eu amar o próximo a medida desse amor deve ser o meu amor por mim mesmo e quando a gente fala de amor a si mesmo a gente corre o risco de entrar na área do orgulho ou da presunção. Verdade é que não damos muita importância nos ensinamentos de amor a si próprio, pois temos medo do orgulho. Esse conceito de amor próprio que é sinônimo de orgulho remonta aos tempos dos filósofos gregos. Foi Aristóteles que desenvolveu um conceito de amor próprio que era semelhante ao orgulho, para ele quem era humilde era desprezível. Então na cultura grega o amor próprio era sinônimo de orgulho porque a humildade era vista de forma negativa. Mas Jesus Cristo disse que aprendei de mim que sou manso e humilde de coração. Ele é o símbolo do amor então, sim, é possível ter amor próprio sem orgulho.
 

O famoso psicólogo Denis Watley, que aconselhou os primeiros astronautas, disse “o primeiro e mais bem guardado segredo do sucesso total é que devemos sentir amor dentro de nós para que possamos dá-lo a outros.”
 

Amar a si próprio não significa ser presunçoso. Pelo contrário, amar a si significa estar contribuindo para a solução de nossas maiores necessidades. Acredite, isso não é narcisismo. Não é situar-nos à frente de todos, na verdade é colocar Deus à frente de todos. Entenda que quando a gente se alimenta e faz exercício estamos fortalecendo o nosso corpo, estamos cuidando do templo de Deus. Entenda que quando estamos construindo o nosso desenvolvimento intelectual com conhecimento apropriado, estamos praticando o amor próprio. Entenda que quando evitamos e nos esforçamos para não praticar situações que desonram a Cristo, estamos comprometidos em cumprir o grande mandamento que inclui também como a ti mesmo.
 

Então, no auto cuidado, nós precisamos nos conhecer. Sabermos quais são os nossos limites, entendermos quais são os nossos gatilhos, conhecer bem nossa personalidade, nossos pontos favoráveis e desfavoráveis. Precisamos fazer um mergulho dentro de nós para que os nossos pontos favoráveis cada vez mais glorifiquem a Deus quem nos deu. E ao mesmo tempo permitir que a palavra atuando em nós possa ir diminuindo os nossos pontos desfavoráveis, isso é amadurecimento, isso é amor próprio. Aquela pessoa que não muda que diz eu nasci assim vou morrer assim, não tem amor próprio. O amor é uma evolução, é uma planta cultivada que tende a crescer, dar suas flores e seus frutos.
 

Amar ao próximo
 

Amar a Deus e aceitar o amor dele por nós é a base para o amor próprio. Amar a si então se torna a base para amar o próximo. A dificuldade que temos de amar as pessoas e cumprirmos o nosso papel social, de conviver bem com as pessoas, oferecendo um bom testemunho cristão, é porque não estamos conseguindo cumprir primeiramente o amor a Deus e também o amor a si.
 

É como uma engrenagem final. A base é amar a Deus de todo o meu coração,  pensamento e de toda a minha alma, e a próxima camada é amar a si. O amor próprio é a arte visível disso, é o amor que eu demonstro ao meu próximo. Meu relacionamento com o próximo então é a parte visível do meu amor para com Deus e para comigo. À medida do meu amor demonstrativo às pessoas, é a mesma medida demonstrativa que eu tenho para com Deus e consequentemente para comigo. Não tem como mudar essa ordem. Eu não posso dizer que amo a Deus se eu não demonstrar amor pelas pessoas. Em sua carta, o Apóstolo João disse que nós o amamos porque ele nos amou primeiro se alguém diz eu amo a Deus e aborrece a seu irmão é mentiroso pois quem não ama seu irmão o qual viu como pode amar a Deus a quem não viu e dele temos este mandamento que quem ama a Deus ame também a seu irmão (1Jo 4.19-21).
 

Amar o próximo, então, não é apenas uma declaração de amor. Não é dizer eu amo você, eu amo as pessoas, eu amo o pobre, eu amo o órfão e a viúva. É uma obra que é feita em favor destes, é uma demonstração desse amor. 


“quem pois possui bens do mundo e vendo o seu irmão necessitado lhe cerrar o seu coração como estará nele a Caridade ou o amor de Deus meus filhinhos não amemos de palavra nem de língua mas por obra e em verdade” (1Jo 3.17-18).


O amor é como uma luz. Se você entra num ambiente escuro e acende uma luz, logo consegue enxergar melhor em sua volta. O amor é a luz que me faz enxergar as necessidades daqueles que me cercam. Precisamos acender uma luz em cada ambiente que nós entramos. O amor é atencioso. O amor percebe além das circunstâncias. O amor nos move a agir “em favor de”.
 

“outra vez vos escrevo um mandamento novo que é verdadeiro nele e em porque vão passando as trevas e já a verdadeira luz ilumina aquele que diz que está na luz e aborrece seu irmão até agora está em trevas aquele que ama a seu irmão está na luz e nele não há escândalo mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas e anda em trevas e não sabe para onde deva ir porque as trevas lhe cegaram os olhos” (1Jo 2.8-11).
 

Que acenda a luz do Senhor sobre ti e através de ti, em cada ponto que teus olhos alcançarem. Que se acenda um amor verdadeiro, inteiro e demonstrativo. E que ali também chegue para benefício das pessoas que Deus coloca ao seu redor.
 

Para fecharmos, então, vamos meditar sobre as 7 leis do amor ao próximo, formulada pelo escritor Dr John Haggai:
 

Primeiro, devemos decidir cultivar amizades em que não exigimos nada em troca. Foi Maquiavel quem disse que todo relacionamento tem um interesse por trás. Segundo esse pensador, nos relacionamos para obtermos algo em troca. Ao contrário disso, a Bíblia mostra o amor de forma incondicional. Amamos sem esperar nada em troca. Não amamos pelo que pode acontecer com a gente, pelo contrário  amamos porque somos nascidos do amor do calvário, isso está no nosso DNA, na nossa identidade celestial.
 

Segundo, é preciso um esforço consciente para nutrir interesse autêntico pelo próximo. É uma questão de decisão. Precisamos decidir e demonstrar interesse pelas pessoas. O que as pessoas ao meu redor precisam? Nunca se esqueça que o evangelho é a resposta para todas as necessidades das pessoas.
 

Terceiro, cada um de nós é uma pessoa singular. Entenda que levará tempo para conhecer melhor as pessoas. Sabendo que cada um é singular, precisamos melhorar a nossa compreensão Antes de exigir a mudança do outro, sermos nós mesmos a própria mudança.
 

Quarto, esforce-se para aprender a ouvir. Você realmente escuta as pessoas? É necessário um esforço nosso para colocar a nossa atenção naquilo que o outro está dizendo. Isso também é um exercício de paciência. Escute com sinceridade o que o outro tem a dizer. Mostre interesse no que ele está dizendo. E lá na frente faça perguntas daquilo que ele já disse, daquilo que ele te confiou.
 

Quinto, disponha-se a amar, quer você saiba como ou não. Mesmo que você não saiba o que fazer, decida-se amar o próximo. Se você não sabe como demonstrar o amor ao próximo, esteja disponível. Amar ao próximo envolve gastar o tempo com ele. Envolve ajudar na sua necessidade.
 

Sexto, trate sempre os outros como iguais. O cristão não faz acepção de pessoas. Independentemente da cor, do credo religioso, da orientação sexual, dos seguidores das redes sociais, independente da posição social, trate o próximo com respeito . Há uma dignidade intrínseca em cada pessoa, por ter o homem sido criado à semelhança de Deus, que o faz ser digno de ser respeitado. Amar significa respeitar.
 

Sétimo, cuidado com suas palavras. Use sempre palavras de elogio e de encorajamento. São palavras afirmativas. Se o que sai da nossa boca tem poder para levantar ou derrubar alguém, escolha levantar. 

Decida ser benção na vida das pessoas que estão em sua volta. Há poder em nossas palavras. O mundo foi criado através de uma palavra. A palavra cria mundos. Use o poder que tem para criar destinos, abrir caminhos, mostrar o alvo, levantar cabeças, apontar uma direção, mudar uma história. Cuide bem das palavras que saem da sua boca, depois há de sermos julgados por elas, cada palavra será considerada no dia do juízo, mesmo aquelas que não lembramos mais. Porque na verdade quem escuta, geralmente não esquece. É mais fácil quem diz esquecer o que foi dito, não quem ouviu. Nossas palavras edificam o amor próprio dos outros, enquanto que nossas críticas desencorajam, matam o entusiasmo e o amor dos outros.
 

A prática do amor ao próximo então requer disciplina, concentração e paciência e deve ter importância suprema para nós. Amar a Deus, amar a si e amar ao próximo é tão importante que, para expressar esse amor, precisamos do poder do Espírito Santo que habita em nós. Semelhante àquele pai do jovem que estava possesso, que disse me ajude a crer, te convido, humildemente, a pedir ajuda para que Deus ensine a amar. Jesus disse que aquele que me ama obedece os meus mandamentos. Amar é obedecer. Cantemos mais uma vez “quero te amar mais Senhor”. Um amor comprovado e demonstrado. E amando o Senhor, com todas as nossas forças, aí sim, sendo nutrido e vivendo esse amor em nosso interior, amar o próximo como a si mesmo.
 

Aceite o desafio de demonstrar seu amor ao maior número de pessoas possíveis nesta semana. Você é capaz de fazer uma lista de 3 amigos,  e fazer algo incrível por algum deles nesta semana? Você é capaz de colocar uma nota no bolso e doar para a primeira pessoa que te pedir? Você é capaz de mandar uma mensagem de reconhecimento para alguém que te ajudou? Você é capaz de liberar perdão em favor de quem te maltratou? Permita que o amor divino flua através de ti, e pessoas serão curadas nisso. E você será a primeira beneficiada com essa cura! Em nome de Jesus.

Amém!

Erisvaldo Pinheiro Lima

Palavra ministrada em Outubro de 2022, na Igreja Santuário do Altíssimo.


quinta-feira, 23 de junho de 2022

Sim, eu amo a mensagem da cruz

 




Sim, eu amo a mensagem da cruz…

Cantamos tanto esse hino. Talvez um dos mais conhecidos da Harpa Cristã. Com muita emoção, prometemos que “até morrer, eu a vou proclamar”. Mas será que conhecemos mesmo a mensagem da cruz? Nossa vida diária reflete essa mensagem? Fato é, que se não conhecermos a mensagem completa da cruz, não teremos nada relevante para anunciarmos ao mundo.

Amamos o que conhecemos. O amor nos impulsiona ao processo de conhecer. Amar a mensagem da cruz implica conhecer, de fato, sua mensagem. Por isso, faço um convite, meu irmão, para que o Santo Espírito direcione nosso olhar em total atenção para contemplar a mensagem que emana do calvário.

Nosso Senhor sofreu terríveis aflições na cruz. Seu corpo, sua alma e também seu espírito foram castigados no calvário. Para entendermos isso, precisamos voltar ao Éden.

  • a criação do homem
E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. (Gênesis 2.7)
Primeiro, Deus criou o CORPO do homem utilizando o pó da terra. Em seguida, soprou seu ESPÍRITO e, então, o homem foi feito ALMA vivente. Em total harmonia entre seu corpo físico e sua alma interior, o espírito trazia equilíbrio ao homem.

CORPO - ESPÍRITO - ALMA

Sendo o corpo, a parte externa e física do nosso ser. A alma, nosso interior, com as nossas emoções, lembranças, memória, mente, inteligência. E o espírito, a parte mais íntima e nobre, pois é a comunicação com Deus, uma vez que dEle veio.

  • a queda do homem
E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. (Gênesis 3.6)
A tentação ocorreu do exterior para o interior do casal original. A mulher viu que o fruto da árvore era bom para se comer. Isso aponta para a necessidade do corpo. Em seguida, Eva desejou o entendimento que aquele fruto geraria nela. Isso aponta para a necessidade da alma. E, por fim, Adão a acompanha e também participa do pecado e ambos são expulsos do jardim. O espírito do homem não fica mais ligado ao Espírito de Deus.

Sem o espírito, tudo que resta no homem é sua carne. Sem o espírito, o homem perde seu equilíbrio e um vazio surge em seu interior. Sendo CORPO - ESPÍRITO - ALMA, o espírito dominava e trazia moderação no cuidado humano com seu corpo e sua alma. Com a morte do espírito, o homem ora cuida exageradamente de seu corpo, ora cuida de forma exacerbada de sua alma. Uns exibem seu corpo, e outros exibem sua mente. E, uma vez que há um vazio no interior, o homem procura desesperadamente preenchê-lo com elementos do corpo ou da alma. Nada, porém, pode ocupar o lugar da vida no espírito.

  • Substituição
Morte e pecado sempre estão associados (Rm 5.12). Para devolver a vida no espírito do homem, Deus proveu seu próprio Filho para ser nosso substituto. A consequência de morte ocasionada pelos nossos pecados são colocadas em seus ombros. O homem perfeito na cruz representa o homem caído no jardim. Esta é a primeira mensagem da cruz. Cristo morreu em nosso lugar. Foi o nosso substituto na condenação. Se por um homem, recebemos a herança do pecado e morte do espírito, também por um homem, recebemos a herança graciosa e vida no espírito.

Para ser nosso substituto, Cristo precisou sofrer a consequência de todos nossos pecados. Tantos os do corpo, como os da alma e, por último, no espírito.

Seu corpo foi moído e talvez seja a parte que mais lembramos. Sendo nosso substituto, seus pés precisaram ser transpassados, pois nossos pés são ligeiros para correr na direção do pecado. As mãos do nosso Senhor também foram transpassadas em consequência de todas as vezes que usamos nossas mãos para tocar o pecado. Em sua cabeça, diversos espinhos foram cravados pois nossa cabeça é facilmente povoada por assuntos e lembranças pecaminosas. Sua face foi esbofeteada apontando para todas as vezes que negamos a nossa outra face. Seu lado foi perfurado em memória de tudo que colocamos indevidamente ao nosso lado. Até mesmo a secura dentro da sua boca foi descrita (Sl 22.15-16), sofrimento necessário em consequência de todas as vezes que usamos nossa boca para proferir palavras carregadas de pecado.

Se o sofrimento do seu corpo foi intenso, o que ocorreu na alma foi ainda pior. A morte na cruz era a pior e mais vexatória das condenações. A cruz era destinada aos escravos condenados. Era símbolo de uma mensagem intimidatória aos outros escravos. Uma vez que éramos escravos do pecado, nosso Senhor se fez escravo e sofreu a pior das condenações em nosso lugar. Cristo crucificado também é símbolo de uma mensagem, porém, de libertação a todos os que são escravos do pecado.

Em Jo 19.23 vemos que os soldados tiram as roupas de Jesus. Nosso Cristo foi despido diante de todos ali. Seu corpo exposto era vergonha para sua alma. Seu corpo que sempre foi guardado da lascívia, agora estava nu perante os homens e mulheres presentes no Gólgota. Nosso pecado, que tantas vezes também tira nossas vestes santas, despiu nosso Senhor publicamente.

Sua tristeza é retratada no Getsêmani. Antevendo seu sofrimento, sua alma fica triste até a morte. Poucos dias antes, na morte de Lázaro, Cristo também sentiu uma tristeza profunda. Sua alma, de fato, sofreu todas as nossas dores internas.

Se o sofrimento na alma de Cristo foi intenso, o que ocorreu no seu espírito foi muito pior. Próximo à hora de sua morte ele exclama “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). É o momento do ápice de seu sofrimento. Nenhuma aflição poderia ser comparada com esta. Nenhuma reflexão nossa pode medir a dor desse momento. É quando o espírito de nosso Senhor perde a comunhão com o Pai. Pela primeira (e única) vez, Cristo sente o vazio no interior. Recitando o Salmo 22, ele exclama o desamparo do Pai. Em seu clamor, o usual termo Pai é trocado por Deus meu. A unicidade entre o Filho e o Pai é sempre bem descrita ao longo dos evangelhos. Eu e o Pai somos um (Jo 10.30). Mas neste momento, Cristo se sente só. A cena é descrita com riquezas de detalhes no já mencionado Salmo 22:

Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
Todos os que me veem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
Confiou no Senhor , que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.
Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam.
Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.
Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera e derreteu-se dentro de mim.
A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés.
Poderia contar todos os meus ossos; eles veem e me contemplam.
Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre a minha túnica.
(Salmos 22.6-8; 11-18)

Morte e pecado estão associados (Rm 5.12). Cristo sofre a última instância de nossa condenação pelo pecado, que é a morte no espírito. Que o Santo Espírito sopre a vida de Cristo dentro do nosso espírito, para sempre lembrarmos e valorizarmos tamanho preço pago pelo nosso Senhor. Em sua morte, obtemos vida. A morte de seu espírito trouxe vida ao nosso espírito. A ligação entre Deus e homem, perdida no Éden, é finalmente restaurada a todos que nEle creem.

Nosso espírito ganha vida na morte substitutiva de Cristo. Assim, recuperamos a comunhão com o Pai. E toda condenação é removida. Que possamos, diante de tamanho e incalculável preço pago, andarmos segundo o espírito. Que o equilíbrio original recuperado no calvário seja mantido por nós.

Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. (Romanos 8.1)


Amém.


Erisvaldo Pinheiro Lima

Igreja Santuário do Altíssimo

Estudo ministrado em Junho de 2022 

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