terça-feira, 22 de abril de 2014

O vale de ossos secos e a necessidade de estarmos juntos

Quando a carne começar a ficar por cima, é hora de profetizar ao espírito!
Sem o Espírito, somos apenas ossos sequíssimos no meio de um grande vale.
Erisvaldo Pinheiro Lima, servo e bispo.
Ministrado em abril de 2014.


Ex 37.1-10


Tudo que o profeta via eram ossos sequíssimos no meio de um vasto vale. E o improvável acontece, o Senhor faz uma promessa ao profeta: eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. 

A visão não mudou. Estamos num mundo onde o que se vê também são ossos sequíssimos no meio de um vasto vale. Somos essa visão, somos ossos sequíssimos, estamos no meio do vale. Louvado seja o Senhor, pois, o improvável continua acontecendo. O Senhor continua fazendo entrar em nós o Espírito, e assim, podemos viver!

A promessa passou por algumas etapas, veja e permita que Espírito do Senhor fale contigo:


Os ossos se juntaram:


Representa a união que deve ter entre os membros do Corpo de Cristo, união que reflete em boas obras.

Somos ossos, secos e distantes um do outro. Tão distantes e isolados, e tão morto. O texto é forte, declara que os ossos eram sequíssimos! A promessa do mover do Espírito começa com os ossos se juntando. Da mesma forma, o derramamento do Espírito em pentecostes, acontece quando todos estavam juntos.

Ossos longe um do outro fica morto, sequíssimo. Mas, quando os ossos começam a se juntar, o texto diz que um som começa ecoar naquele vale. Algo grandioso acontece quando, nós, os ossos, começamos a nos juntarmos.

Ossos diferentes mesmos, cada um com um formato, tamanho e espessura, mas é essa diferença que leva ao perfeito encaixe. Imagine um corpo com ossos iguais! Olhe ao seu redor, você vê pessoas diferentes de você, difíceis de conviver, emoções distintas, mas o derramar do Espírito somente pode acontecer se vocês começarem a se juntar! As diferenças vão ser necessárias para o bom encaixe no Corpo de Cristo!


Vieram nervos sobre eles:

Quando os ossos se juntaram, vieram os nervos sobre eles.

Aqui representa os desafios de estar junto. O convívio é um verdadeiro teste de nervos! Devemos ter ciência que estar junto traz desafios a serem superados. Um monte de ossos juntos, imagina cada um querendo seguir numa direção, não tem jeito... os ossos juntos devem obedecer a um comando. Devem seguir o direcionamento que vem de cima.

Mesmo sendo difícil o convívio, é necessário para o Corpo andar. Com tantas opiniões diferentes, nós, os ossos juntos, devemos seguir a ordem do cabeça do Corpo, Cristo!

Para estar junto, os nervos devem ser tratados. A paciência deve ser cultivada. Estar junto produz tribulação mesmo... mas a tribulação produz...

...sabendo que a tribulação produz paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão. (Rm 5.3-5)

E cresceu a carne:


Os ossos se juntaram, os nervos vieram e a carne cresceu. Uma sequência bem provável quando decidimos estar juntos. Nossos nervos são testados e facilmente a carne cresce!

Devemos reconhecer que facilmente a carne pode começar a crescer no Corpo.

O espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mc 14.38)
A carne luta contra o espírito, e o espírito contra a carne. (Gl 5.17)
Não estais na carne, mas no Espírito. (Rm 8.9)

E estendeu a pele sobre eles:


Por cima dos ossos juntos, dos nervos testados e da carne crescendo, cria-se uma pele bonita que esconde tudo que está embaixo.

Repare que neste momento o texto diz mas não havia espírito neles. Podemos ficar assim também!

Enquanto estamos separados, longe um do outro, nada acontece, nenhum problema aparente. Basta decidirmos ficarmos juntos, e logo nossos nervos são testados e a carne começa a crescer... e nessa hora, encobrimos tudo. Como uma pele estendida, passamos uma imagem que está tudo bem. Escondemos rancores, mágoas, lembranças de convívio, memórias de certas intrigas, opiniões que é ele(a) que deve vir pedir desculpas, sentimentos que nasceram no mesmo instante que aquela palavra impensada foi liberada... e cobrimos esse turbilhão de sentimentos com uma pele bonita que transmite a ideia de que está tudo bem. Viver assim é viver sem o Espírito!


Profetiza ao espírito:


Diante de tudo, veja a urgência no brado que o Senhor libera ao profeta:

E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobres estes mortos, para que vivam.
Sem o Espírito, somos mortos, ossos sequíssimos cobertos de nervos e carne e encobertos de uma bela pele. A urgência de Deus é para nossos dias também. Profetiza ao espírito! 

Quando os ossos não quiserem se juntar e relutarmos para não ficarmos lado a lado com nosso irmão, profetiza ao espírito.

Quando nossos nervos forem levados ao limite, profetiza ao espírito.

Quando a carne começar a crescer, profetiza ao espírito.

Quando a pele querer disfarçar, encobrindo o que precisa ser mudado, profetiza ao espírito.

Pense nisso:

Quando o profeta profetizou ao espírito, os ossos que eram sequíssimos, viveram, ficaram de pé e formaram um grande exército.

E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo.

Profetize ao espírito, querido leitor, pois o Senhor está levantando um exército grande em extremo nos dias de hoje, e você, junto com seu irmão, devem fazer parte. 
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