- Mt 2.13 "...Herodes há de procurar o menino para o matar"
Os dias que antecederam o nascimento do Senhor
Jesus foram difíceis. Um recenseamento do governo obrigou o jovem casal a viajar
por quilômetros (Lc 2.1-5). Maria, mesmo nos últimos momentos de sua primeira
gravidez, teve que aceitar se instalar num estábulo aos arredores de Belém
abarrotada de viajantes.
Seus primeiros
dias foram envoltos num drama cinematográfico. Havia uma conspiração tramada no
inferno para aniquilar o Filho de Deus recém-nascido. De fato, era a grande
chance do inimigo de impedir o plano divino de redenção. O plano do mal era que
"dando ela a luz, lhe tragasse o filho (Ap 12.4)."
Judeus gostam de contar histórias para seus filhos.
Jesus bem conhecia a história de seus primeiros dias. Ele sabe na pele o que é
um nascimento difícil. Sabe bem, desde o início, o que era correr risco de vida
- Lc 2.40 “... e o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. ”
Aos 12 anos,
temos a primeira noção de que Jesus sabe que é o Filho de Deus. Seus pais já
estão na viagem de volta para Nazaré há três dias quando percebem que ele
desapareceu.
Onde Jesus
estava? No templo de Jerusalém!
Para onde
Jesus foi? Para sua casa em Nazaré!
Mesmo ciente
de que precisava “cuidar dos negócios do
Pai” (Lc 2.49), o Senhor Jesus foi ajudar sua família. Seu primeiro campo
missionário foi debaixo de seu próprio teto.
Que esse exemplo do Jesus adolescente seja notório
para nós. Antes de púlpito, que ministremos em nossa casa. Antes de tentar
ensinar algo na congregação, que ensinemos os nossos filhos no caminho. Antes
da liderança eclesiástica, a liderança doméstica. Sendo uma “bênção” na igreja
e, antes de tudo, dentro de casa. Que o Espírito Santo nos ensine isso!
- · Mc 6.3 “... não é este o carpinteiro? ”.
Imagine uma casa simples, de uma cidade sem muita
importância no mapa, de um país atravessando uma crise política, esta era a
realidade do lar de Jesus (Lc 2.22-24). José e Maria ofereceram dois pombinhos
no sacrifício do Templo. Era a oferta dos pobres.
Por não ser citado nas escrituras na fase adulta de
Jesus, alguns comentaristas bíblicos sugerem que José morrera cedo. Se assim
for, imagine uma família que sofreu uma grande perda. Imagine sete irmãos sem o
sustento do pai. Esta era a realidade da família de Jesus.
Antes de consertar corações e arrancar feridas nas
pessoas, o Mestre Jesus consertou cadeiras e arrancou pregos de madeiras. Era
lembrando pelos vizinhos apenas como “carpinteiro”.
Nosso Senhor, em sua vida na conturbada região palestina,
tinha as mãos sujas pelo seu trabalho, roupa suada e uma aparência comum (Is
53.2)
E
por que o Filho mais admirável do céu suportaria a vida mais esquecida na
Terra? Para te mostrar que ele sabe como você se sente.
Que o amor de Jesus Cristo seja bálsamo para tuas lembranças do passado.
Bp Erisvaldo Pinheiro Lima
Comunidade Evangélica Arca da Aliança
Estudo ministrado numa Escola Bíblica de Jovens, em 2010