quarta-feira, 26 de junho de 2019

A oração do rei Josafá

A oração do rei Josafá quando os filhos de Moabe e Amom se levantaram contra Judá
2 Crônicas 20.1-25 

O rei Josafá recebe a notícia que três nações vizinhas se aliançaram e estavam às portas de Jerusalém para guerra. Essa notícia  abala e angustia o rei de Judá. O motivo era óbvio e simples. Josafá não era páreo para aquele grande exército. Não tinha chance. Não tinha tropas. A única opção do rei era clamar ao Deus de seus pais.

Josafá reúne os moradores de Jerusalém e de Judá. Apregoa um jejum. O rei e seus súditos iriam pedir socorro ao Senhor. A realeza junto com os plebeus em igualdade de oração e súplicas diante do Senhor.

A oração de Josafá mostra seus sentimentos. Uma boa oração é aquela que os sentimentos internos são descritos em palavras. Deus se agrada de um coração sincero. O rei foi bem sincero. Josafá estava angustiado, não tinha recursos, só tinha a lembrança das histórias que ouvia das promessas de Deus. Ele clama, na companhia de seu povo, diante da casa de Deus.


  • Teu nome está nesta casa

Em seu clamor, Josafá proclama que Deus é o dominador sobre todos os reinos. Que foi o próprio Deus que levou os filhos de Israel àquela terra. Que foi Deus mesmo que os fizeram habitar ali, com suas famílias, com suas fazendas. Aquela era a terra de Israel por direção e aliança de Deus. Seu clamor menciona ainda que foi levantado o Santuário para oração e busca do socorro de Deus em caso de espada, juízo, peste ou fome. Que havia a promessa que Deus ouviria e livraria seu povo, pois, declarou o rei, "teu nome está nesta casa".

Angustiado, o rei menciona que o nome de Deus estava naquela casa de oração. Nossas angustias não podem tirar essa crença de nossos corações. O que te aflige? E o que mais tem te angustiado? Seria, amigo leitor, alguma notícia na sua vida financeira? Oro ao Senhor para que teu coração seja cheio da crença de que o Deus do ouro e da prata está nesta casa. Porventura tens chorado? Meu amado irmão e irmã, num se esqueça que o Espírito chamado Consolador está nesta casa. A notícia veio apontando mentiras contra ti? Não te perturbes, pois o Deus da verdade está nesta casa. Tens passado por problemas sentimentais? Ora, lembre-se que aquele que a Bíblia o descreve como Deus é amor está nesta casa. Problemas na família? Não se esqueça que o Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito está nesta casa. Por acaso tem questões na justiça? O Deus chamado de Jeová Tsidkenu está nesta casa. Está em meio à guerra e batalhas travadas? O Deus de Paz que esmagará satanás bem debaixo de nossos pés está nesta casa. Andas preocupado e ansioso? Lembre-se que o Deus soberano que governa e que está no controle de tudo está nesta casa. Se sente fraco? O Deus que aperfeiçoa a força na nossa fraqueza está nesta casa. Sente-se sobrecarregado e com um fardo nos seus ombros? Saiba que o Deus que disse eu vos aliviarei está nesta casa. Tudo que sua alma precisa, tudo que seu coração necessita está em Deus, no operar de sua infinita graça e imponente poder... como Josafá declarou, oro ao Espírito que seu homem interior também declare que o nome do Senhor está nesta casa. Contra qualquer adversidade que vem contra ti, proclamo o nome que está acima de todo nome, o nome de Jesus, que está nesta casa!

  • Ingratidão
Josafá descreve na sua oração a atitude dos moabitas e amonitas. No auge da glória de Israel, Deus poupou as duas nações vizinhas. Moabe e Amom eram a descendência de Ló, sobrinho de Abraão, o amigo de Deus. Em seu tempo de glória, Israel não destruiu os moabitas e amonitas. E agora, nos dias de fraqueza e decadência de Israel, as duas nações se aliançam e tramam a destruição do povo de Deus. O nome disso é ingratidão. E a ingratidão é um câncer da alma.

A ingratidão faz pessoas se unirem para torcer pela queda de outra. A ingratidão faz pessoas se juntarem para planejar a queda da outra. A ingratidão faz com que memórias sejam apagadas para que o ingrato não se lembre das coisas boas que foram feitas a ele. A ingratidão faz a pessoa lembrar de um erro e esquecer de noventa e nove acertos. Amom e Moabe foram ingratos a Israel. A ingratidão cega a pessoa, por isso, é o câncer da alma.

A nação israelita agiu com benevolência com os ingratos amonitas e moabitas. Mesmo que tenham sido ingratos contigo, faça como Josafá, busque a Deus e não devolva a ingratidão com ingratidão. Devolva a ingratidão com oração! Seja ingrato com alguém e será ingrato com o próprio Deus. Seja grato ao Senhor e consequentemente será grato às pessoas. 

A gratidão deve ser desenvolvida. Geralmente nos consideramos pessoas gratas. Mas, teve um momento em que eu decidir desenvolver minha gratidão. Fui ensinado a elaborar uma lista de 10 motivos pelos quais sou grato a Deus. Escrever e botar isso no papel. A lista ficou bem visível próximo à minha cama e todas as manhãs eu lia. Fiz isso por trinta dias. Do meio pro fim, a lista já estava memorizada... e, concluindo os trinta dias, o hábito já estava criado. Todas as manhãs, ao sair de casa, procuro motivos ao meu redor para agradecer. Ficou até poético, veja:

Em dia de sol: "Obrigado Senhor, pelo sol, pois aquece meus ossos."
Em dia de chuva: "Obrigado Senhor, pela chuva, pois lava a minha alma."
Em dia de vento: "Obrigado Senhor, por esse vento, pois soa como melodia nos meus ouvidos."
Em dia frio: "Obrigado Senhor, por esse frio, pois me faz abraçar a mim mesmo."

Judá não se tornou ingrato pela ingratidão que sofreu de Moabe e Amom. Você não pode se tornar ingrato porque as pessoas foram ingratas contigo. Tenha sempre gratidão. Desenvolva a gratidão. A gratidão te fará ver motivos bons mesmo nas situações mais adversas.


  • Resumo do sentimento de Josafá
No versículo 12, Josafá resume o que estava sentindo. Veja:
  1. Em nós não há força
  2. Não sabemos o que fazer
  3. Porém, nossos olhos estão em ti
Josafá não tinha forças. Não sabia o que fazer. Mas seus olhos estavam em Deus. Você já se sentiu assim? 

Não são raros os momentos em que nossa alma está sem força, sem saber o que fazer... minha oração é que nessa hora seus olhos estejam voltados para Deus! Os olhos de Josafá estavam em Deus. Não estava na sua própria força, ou falta de força. Não estava no que podia ser feito. Estava tão somente em Deus.

  • Então veio a resposta
 Deus levanta um profeta e libera sua palavra: NÃO TEMAS... NESTA PELEJA, NÃO TEREIS QUE PELEJAR... A PELEJA NÃO É VOSSA, SE NÃO DE DEUS... O SENHOR SERÁ CONVOSCO!

Uau... como deve ter sido revigorante escutar tais palavras... como é renovante ouvir uma resposta de Deus... é encorajador... é sublime... é vida!

Josafá segue a orientação de Deus. Seus olhos permanecem no Senhor. A peleja foi ganha sem ter que pelejar. Da guerra, seu trabalho foi apenas confiar em Deus. E usufruir dos despojos. Três dias recolhendo os despojos. Isso é muito forte. A situação inicial de Josafá era de um possível fim. Mas seus olhos apontaram para Deus. E sua situação final foi, na verdade, um momento de glória. Que o Espírito Santo nos ensine a olharmos sempre na direção de Deus, seguir sua palavra e desenvolver sempre um espírito de gratidão.


Amém.

Erisvaldo Pinheiro Lima
Palavra ministrada em Junho de 2019, na Igreja Santuário do Altíssimo.

terça-feira, 25 de junho de 2019

Escatologia: Os 24 anciãos



Podemos dividir o livro do Apocalipse em três partes. Ap 1.19 nos fornece essa divisão. “As coisas que vistes”, contendo a descrição do Cristo de Deus no primeiro capítulo. “As coisas que são”, com o detalhamento da igreja do Senhor, descrita nos capítulos 2 e 3. E, por último, “as coisas que acontecerão depois destas”, que compreendem do quarto ao último capítulo.
Enfatizamos, a partir de agora, a última parte. O capítulo 4 inicia a terceira e última parte do livro do Apocalipse. É nesta seção que narra os detalhes do período tribulacional que a terra e seus moradores vão sofrer. Já vimos anteriormente que a igreja que guarda a Palavra de Cristo já terá sido arrebatada quando iniciar essa tribulação. Vemos, também, que a partir do quarto capítulo não se menciona mais sobre a igreja santa do Senhor. Após ser arrebatada, a igreja passa pelo momento de coroação no Tribunal de Cristo e se une ao seu Senhor para sempre. A descrição dos 24 anciãos nos fornece valiosas informações de como estará a igreja trasladada durante a Tribulação na terra. Neste estudo, veremos a posição da igreja durante esse terrível momento que a terra vai sofrer.
Após ter sido arrebatado em espírito, João descreve o trono e o que está assentado sobre esse trono. Descreve, também, outros 24 tronos que cerca o trono principal e menciona os 24 anciãos coroados e vestidos de branco que estão assentados neles. Eles aparecem em 12 passagens de Apocalipse:


·         4.4
·         4.10
·         5.5
·         5.6
·         5.8
·         5.11
·         5.14
·         7.11
·         7.13
·         11.16
·         14.3
·         19.4.

Nestas passagens, vemos que os 24 anciãos estão assentados em tronos com singular aproximação ao trono de Deus; se lançam com o rosto em terra e adoram; um deles consola o choro de João e mostra profundo conhecimento do agir do Cordeiro; têm harpas e taças de incenso; cantam em adoração; celebram o triunfo de Deus e acrescentam o “amém” e “aleluia” no julgamento da meretriz. A cada desenrolar dos acontecimentos da Grande Tribulação na Terra, esses anciãos rendem adoração e glória a Deus.

Mas afinal, como podemos identificar esses 24 anciãos?

Há, pelo menos, três interpretações, veja:

1.      Seres angelicais: Alguns entendem que sejam anjos governantes. Note, porém, que os anjos ficam ao redor dos anciãos (Ap 7.11 e Ap 5.11)

2.      Santos do Antigo e do Novo Testamento: Ainda outros acreditam que representam Israel e a igreja, juntos em adoração a Deus e ao Cordeiro. Sendo a associação de 12 (tribos de Israel) mais 12 (apóstolos) soma 24 (o povo de Deus das duas eras).

3.      Representantes da Igreja Arrebatada: O último grupo acredita que representam a totalidade da igreja no céu.

Defendemos essa última interpretação. Para isso, listamos sete motivos pelos quais acreditamos que os 24 anciãos são representantes da Igreja Arrebatada:

1.      O número 24: Remete ao trabalho sacerdotal que foi organizado por Davi em I Crônicas 24 e 25. Os chefes, ou anciãos, das 24 turmas sacerdotais representam uma ordem de sacerdotes. Os salvos do Antigo Testamento não podem desempenhar a função sacerdotal no céu devido o pecado. O único grupo de salvos que foram lavados do pecado foi a igreja arrebatada. Por isso, podemos apontar os anciãos como representantes da igreja, com ofício sacerdotal no céu, e estarão à serviço de Cristo, o Grande Sumo Sacerdote de Deus (1Pe 2.5,9)

2.      A posição: Em Ap 3.21 e Mt 19.28 a igreja recebe a promessa de se assentar no trono do próprio Cristo (Oh quão insondável é essa promessa!). A posição dos 24 anciãos que estão assentados em tronos intimamente ligados ao trono de Cristo, não poderia ser de anjos. Estes estão ao redor do trono, e não assentados no trono. Em Lc 1.19, o anjo Gabriel declara que assiste (estou de pé) diante do trono. Em 1 Rs 22, Micaías afirma que viu o Senhor em seu trono e um exército de pé diante dEle. O único grupo que está assentado em Cristo é a Igreja (Ef 2.6)

3.      As vestes brancas: Em Ap 3.4-5, vemos que a igreja de Sardes recebeu a promessa de se vestir de vestes brancas. Na transfiguração, as vestes brancas foram vistas em Cristo (Mc 9.3), mostrando que tanto o Senhor da igreja, quanto a igreja do Senhor, se vestirão de vestes brancas.

4.      As coroas: Não estão usando a coroa de monarcas (diadema), na verdade, os 24 anciãos estão usando o tipo de coroa de recompensa (stephanos), que são premiadas após o julgamento dos vencedores (Tribunal de Cristo). O ato de lançar suas coroas aos pés de Cristo em adoração, mostra que o julgamento de coroação deve ter sido recente.

5.      A adoração: Aponta para a igreja. O conteúdo da adoração é inerente à igreja: atos de criação (Ap 4.11), redenção (Ap 5.9), julgamento (Ap 19.2) e reinado (Ap 11.17).

6.      Conhecimento íntimo do plano de Deus: Em Ap 5.5 e 7.13-14, vemos que Deus participa do desenrolar dos eventos da tribulação aos 24 anciãos. Há uma intimidade de conhecimento, e isso cumpre a declaração do Filho em Jo 15.15.

7.      Associação com Cristo no ministério sacerdotal: Em Ap 5.8, os anciãos estão com harpas e taças de incenso. Isso leva a crer que representam a igreja, como sacerdócio ministrante, cumprindo Ap 1.6.

Assim, entendemos que os 24 anciãos são representantes da igreja arrebatada que possuem:

1.      Conhecimento íntimo de Cristo

2.      Proximidade íntima com Cristo

3.      Adoração íntima a Cristo

Estão vendo e contemplando a glória que Cristo recebeu do Pai, que atendeu o pedido do Filho em Jo 17.3,24. São o presente que o Pai deu ao Filho!

Encerramos este estudo com a primeira e última adoração dos 24 anciãos registradas na visão de João. Cremos que entoaremos essa adoração lá. Enquanto esse grande e insondável momento não chega, que possamos ensaiar essa sublime adoração cá:

Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas (Ap 4.11).

Amém. Aleluia (Ap 19.4).


Amém. Maranata, ora vem Senhor Jesus!


Pr Erisvaldo Pinheiro Lima

Estudo ministrado na Igreja Santuário do Altíssimo, em Junho de 2019.

Fonte bibliográfica:
PENTECOST, J. Dwight, Th.D. Manual de Escatologia Uma análise detalhada dos eventos futuros. Editora Vida. Tradução: Carlos Osvaldo Cardoso Pinto

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Escatologia: as Bodas do Cordeiro



É o momento glorioso de união definitiva e eterna entre Cristo e sua igreja trasladada. É a união do noivo e de sua noiva. Do amado e de sua amada. Cristo e sua amada igreja unidos para sempre (Mc 2.19).

As bodas do Cordeiro ocorre logo após o tribunal de Cristo e antes de sua vinda. Passemos pelos versículos que trata desse glorioso momento:

Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. (2 Co 11.2)


Aprendemos três situações nesta passagem:

A noiva não se prepara por si mesma.
A noiva é preparada pela pregação e ensino de seu Apóstolo.
O propósito do Apóstolo Paulo é preservar a castidade da noiva.

A Igreja e os cristãos devem viver “até aquele dia” com a lealdade e a pureza de uma noiva ansiosa. A função de Paulo é preservar essa fidelidade.


Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. (Ef 5.25-27)

Cristo apresentará sua noiva a si mesmo. Isso mostra que o critério é de Cristo. A preparação é Ele que faz. Seu anel de noivado se dá pela entrega que fez no Calvário. Sua noiva se aliança no calvário, mas tem que ser adornada. Para corresponder aos anseios de seu noivo, a noiva precisa ser santificada. O anseio do noivo é que sua noiva não tenha mácula, nem ruga, nem coisa semelhante. O noivo possui duas ferramentas para isso. A lavagem da água, que se dá pelo batismo. E a outra ferramenta é a palavra, que se dá pelo ouvir (Rm 10.17). A igreja santificada por essas duas ferramentas do noivo é qualificada como gloriosa. Terá o galardão de participar da glória de Cristo diante do Pai.
Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus. (Ap 19.7-8)


Pentecost ensina que “o tempo aoristo, êlthen, traduzido por "chegadas", significa ato concluído, mostrando que as bodas já foram consumadas.”

Daniel 12.1-3 e Isaías 26.19-21 mostra que a ressurreição de Israel e os santos do Antigo Testamento não ocorre antes da vinda de Cristo

Apocalipse 20.4-6 esclarece que os santos da tribulação também não ressuscitarão até aquele grande dia

Embora estejam no Seio de Abraão/Paraíso, esses dois grupos deverão ter participação de espectadores. Mas será a igreja a ilustre protagonista das Bodas do Cordeiro.



Bodas do Cordeiro
Ceia das Bodas do Cordeiro
Refere se particularmente à igreja
Inclui Israel e as nações
Ocorre no céu
Ocorre na terra Lc 12.37


Em Mateus 22.1-14, em Lucas 14.16-24 Israel aguarda o retorno do noivo e da noiva. Israel é convidado, muitos recusam. Então o convite é estendido às nações.

A ceia ocorre durante o milênio. O convite ocorre durante o período da Tribulação. Muitos rejeitarão, e o convite será estendido para as nações... Esses santos que aceitam o convite se assentarão à mesa da ceia das bodas do Cordeiro, onde conhecerão o Noivo e sua amada Noiva. E assim, a igreja trasladada, ressuscitada e, agora, despojada, estará para sempre com o seu Cristo, refletindo para sempre a glória de Deus. Uma união eterna!

Na oração feita na última ceia (Jo 17), o Senhor Jesus faz 5 pedidos ao Pai. Enfatizo, para o plano escatológico, o último:
11 Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
15 Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
17 Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
20 E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim;
24 Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.
Em seu último pedido, Cristo pede ao Pai que onde Cristo estiver, sua igreja esteja com ela também. O pedido é completado com uma explicação que mostra o motivo do pedido “para que vejam a minha glória que me deste”. Cristo quer mostrar a glória recebido do Pai para sua igreja. Por isso, as Bodas do Cordeiro é o momento em que o Noivo mostra à sua amada Noiva, toda sua glória recebida de seu pai.

Maranata!
Erisvaldo Pinheiro Lima
Estudo ministrado em Junho de 2019, na Igreja Santuário do Altíssimo

terça-feira, 11 de junho de 2019

Escatologia: O Tribunal de Cristo




 Os acontecimentos para a igreja após o arrebatamento: O Tribunal de Cristo


·         Rm 14.10

Todos aqueles que são contados como igreja fiel comparecerão diante do Tribunal de Cristo.

·         2 Co 5.10

Com confiança e fé, o apóstolo acreditava que os irmãos ouvintes daquela mensagem, e até ele mesmo, comparecerão diante do Tribunal de Cristo. Ensina, ainda, que haverá uma recompensa de acordo com as obras praticadas por meio do corpo (em vida).

Observe que em ambos trechos bíblicos há total ausência do acusador. Não há pecado a ser julgado aqui, pois todo pecado foi julgado em Cristo. Esse é um dos benefícios dos que creem no Cordeiro de Deus. Seu trono está acima dos principados. O acusador não tem mais acesso ao tribunal de Cristo. Os que ali comparecerem não terão seus pecados julgados, e sim, suas obras.


·         Lc 14.14

A recompensa está associada à ressurreição (1Ts 4.13-17).

·         Ap 18.8

A igreja retorna à terra com seu Cristo já recompensada com a "justiça dos santos"

Vemos, então, que o Tribunal de Cristo ocorrerá no período entre a ressurreição dos santos do arrebatamento, e a volta triunfal de Cristo à terra. Ou seja, ocorrerá durante o período de tempo tribulacional da terra.


·         1Co 3.10-15

Toda obra se manifestará e o fogo provará. As obras qualificadas como ouro, prata ou pedra preciosa receberão recompensas.

As obras qualificadas como madeira, feno ou palha sofrerão prejuízo, porém, o tal será salvo.

O propósito do Tribunal de Cristo não é de punir os pecados. Cristo já foi punido pelos pecados. O grande propósito será de recompensar a obra que foi feita em nome do Senhor. 

Será feito um exame minucioso da obra, que vai detectar o que foi feito para glória de Deus, ou para glória do homem, se a obra foi proveniente do poder de Deus, ou da própria força do homem. O fogo fará essa distinção. Uns receberão galardão, outros perderão galardão. Haverá ganhos de recompensa ou o prejuízo da perda de recompensa.


·         Coroas de galardão (recompensas)

O Novo Testamento menciona cinco diferentes coroas de galardão. São áreas nas quais se mencionam o galardão dos salvos:

1.      A coroa incorruptível para quem "de tudo se abstém", ou seja, para quem venceu o velho homem (1Co 9.25)

2.      A coroa de alegria, para os ganhadores de alma (1Ts 2.19)

3.      Coroa de vida, para os que suportam a provação (Tg 1.12)

4.      Coroa de Justiça, para os que amam a volta de Cristo (2Tm 4.8)

5.      Coroa de Glória, para os que apascentaram o rebanho do Senhor (1Pe 5.1-4)

Em Ap 4.10, os anciãos lançam suas coroas a Deus em adoração. A coroa não é para glória de quem a recebeu. Pelo contrário. É para glória de quem a entregou. Percebemos, então, que quantas mais coroas, ou quanto maior galardão, maior será a capacidade de glorificar a Deus.


Amém. Maranata, ora vem Senhor Jesus!


Pr Erisvaldo Pinheiro Lima

Estudo ministrado na Igreja Santuário do Altíssimo, em Junho de 2019.

Fonte bibliográfica:

PENTECOST, J. Dwight, Th.D. Manual de Escatologia Uma análise detalhada dos eventos futuros. Editora Vida. Tradução: Carlos Osvaldo Cardoso Pinto


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...